30 de out. de 2009

Esquisitos, sim. Mas Deus nos ama mesmo assim.



Seres complexos, inconstantes, demasiadamente desobedientes... Seres humanos! Esquisitos... Essa seria uma das definições mais apropriadas atribuída ao homem.

Bastante comum, porém, injustificável, é o fato de que apesar de nossas próprias limitações e defeitos, nos sentimos superiores quando nos comparamos com nossos semelhantes.

Não é difícil constatar esse fato. Basta observarmos mais atenciosamente como nos portamos com os menos favorecidos, aqueles que possuem algum vício ou distúrbio, seja ele de caráter físico ou psíquico, com os portadores de algum tipo de deficiência , entre outros(não nos enganemos - a lista é grande o bastante para ser tratada com tanta indiferença).

Em seu livro Maravilhosa Graça, o autor Philip Yancey trata com bastante delicadeza e propriedade o que estou discorrendo agora. "Com que rapidez nós acusamos os outros de homicidas e passamos por cima de nossa própria ira, ou de adúlteros e ignoramos nossa própria luxúria. A graça - neste caso referente à graça de Deus(ênfase minha)- morre quando ela nos coloca uns contra os outros."

É forçoso relembrar, que não somos nada, absolutamente. Apesar de nossas habilidades e talentos, bens, e nossos esforços na tentativa de sermos melhores, nossas intenções continuam medíocres e pecaminosas; vemos isso claramente em Romanos 3. Os versos 10 e 11 nos dizem que "não há justo, nem um sequer, não há quem busque a Deus." Mais adiante, no verso 23, encontramos o fato de que "todos pecaram e carecem da glória de Deus."

O profeta Isaías também nos relata que as nossas vestes de justiça, ou seja, nossas atitudes, por mais virtuosas que sejam, diante de quem Deus é e da Sua justiça, são como um trapo imundo. Então, que razão encontramos em agir dessa forma?

Nenhuma; é só nosso ego tentando mostrar que tem ou que deseja o domínio de nossas vidas, a fim de se nutrir, crescer e tornar-se um gigante que irá destruir-nos com suas exigências malévolas.

Incrível, entretanto, é saber que, conforme escrito em João 3.16: "Deus amou o mundo de tal maneira, que deu seu único filho - Jesus - para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna." Por isso, nas palavras de Philip, "sejam quais forem as barreiras que tivermos de transpor ao tratar com pessoas "diferentes", elas não se podem comparar com o que um Deus santo - que habitava no Santíssimo Lugar, e cuja presença expelia violentamente fogo e fumaça do topo da montanha, provocando a morte de qualquer pessoa impura que se aproximasse - teve de vencer quando desceu para se juntar a nós sobre o planeta Terra."

Só de imaginar, sinto-me grata pelo fato de que Deus consentiu em habitar com pessoas tão pecadoras e esquisitas como nós, e melhor do que isso, Ele nos ama assim mesmo. Deus o ama! Não importa se você é desprezado por sua condição financeira, etnia, faixa etária, ou por ter uma aparência não tão apresentável assim, conforme o modelo imposto em nossos dias.

Jesus escolheu abrir mão da companhia de Seu Pai, santo e perfeito, para alcançar sua vida, e em especial, Ele pode habitar em seu coração, se você assim permitir. Sua vida é tão preciosa, que Ele pagou resgate por ela. Lembre-se sempre disso.

Meu desejo é que você possa tomar consciência desse tão grande amor do Pai pela sua vida. Reflita apenas em mais uma coisa:

"Jesus tinha o poder de amar prostitutas, valentões e rufiões... Ele foi capaz disso apenas porque via através da sujeira e da crosta da degeneração; seus olhos captavam a origem divina que está oculta por toda parte - em cada homem!... Primeiro, e principalmente, Ele nos dá novos olhos... Quando Jesus amava uma pessoa qualquer carregada de culpa e a ajudava, via nela um filho de Deus desviado. Via um ser humano a quem seu Pai amava e por quem se entristecia por ele andar em caminhos errados. Ele o via como Deus o planejara originalmente e queria que ele fosse, e, portanto, olhava, por baixo da camada superficial da sujeira e da imundície, para o verdadeiro homem. Jesus não identificava a pessoa com o seu pecado, antes via nesse pecado alguma coisa estranha, alguma coisa que realmente não fazia parte da pessoa, alguma coisa que simplesmente acorrentava e a dominava e da qual Ele a libertaria e a traria de volta para o seu verdadeiro eu. Jesus foi capaz de amar os homens, porque Ele os amava da maneira certa através da camada de lama." (Helmut Thielicke)

Um comentário:

Gerlei disse...

Ao ler teu artigo só me veio à mente o versículo de Colossenses 2.14 e 15b - "Tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós,e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial,removeu-o inteiramente,encravando-o na cruz...Triunfando deles na cruz."
Realmente...Jesus não desceu da cruz, não por não ser capaz de fazê-lo, mas por recusar-se a permitir que nós estivéssemos eternamente longe da Sua presença... Deus te abençoe minha irmã amada! Louvado seja DEUS EM CRISTO JESUS NOSSO SENHOR!