4 de mar. de 2010

Amor ao Próximo - O Novo Mandamento!



"Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e o primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo." (Mateus 22.37-40)

Conhecemos muito bem o valor de uma dívida, seja ela qual for, sabemos da urgência em saná-la, de mantermos nossos nomes intactos, a conduta de pessoas honestas, que honram seus compromissos e não dependem de outros absolutamente para nada. Afinal, como muitos dizem por aí, não devemos nada para ninguém, certo? Errado. Vejamos por que.

Esta é a doutrina pregada dia após dia por um mundo individualista, egocêntrico, que visa somente ao lucro e ao acúmulo de riquezas, esquecendo-se de algo muito mais importante e valioso do que todo o dinheiro que possamos abarcar. E sabe a razão da sentença "não devo nada pra ninguém" ser uma grande mentira? A razão é que estamos endividados e a cada instante esta dívida cresce mais, porque temos negligenciado o grande mandamento de Deus para nós: amar a Deus sobre todas as coisas e amar não somente a nós mesmos, mas também ao nosso próximo, da mesma forma que nos amamos!

A questão que nos levantamos é: "se estou bem, se tenho recursos, não estou só, pra que me preocupar com os outros?" E então tentamos nos retratar com a próxima questão: "o que posso fazer? Não posso resolver os problemas de todos, não tenho culpa, não sou Deus!"

"Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus?" (1 João 3.17) E não é isso o que fazemos? Pessoas morrem diariamente por falta das coisas mais básicas, enquanto diante de nossas mesas fartas, reclamamos. Vidas amargam solidão e desespero, e nos omitimos, não liberamos palavras de consolo, paz e perdão, não falamos do amor de Deus, enquanto muitos têm morrido em situações deploráveis, e diante do Juiz Supremo, quem as defenderá? Sequer ouviram sobre Cristo! E a responsabilidade de quem é?

Perdemos a essência do amor! É muito fácil amar aqueles que não nos causam problemas, que possuem as mesmas condições financeira e intelectuais que possuímos, os de bela aparência, que não apresentam nenhuma deficiência, seja ela física ou psicológica. É igualmente fácil admitir que o Espírito Santo habita em mim e naqueles que são exemplos para nós na igreja.

O que muda então em relação ao irmão não tão agradável assim, àqueles que caíram em pecado, ou aos necessitados, cujas vidas estão presas pelo pecado e pela dependência de vícios? A diferença é que se admitíssemos que o Espírito de Deus habita também no irmão que caiu, se reconhecêssemos que os necessitados são também dependentes de nossa ajuda e do amor de Deus, então, é certo que nossas atitudes para com eles mudariam, porque entenderíamos que também fomos resgatados, que somos amados, reconheceríamos que quando o Pai olha para nós, Ele não vê nossos pecados, nossas falhas, antes vê seu filho Jesus Cristo!

Aprenderíamos que amar o próximo consiste em admitir que ele também é criação divina, alguém por quem Cristo morreu e alvo do amor do Pai! Nossos atos falam mais alto do que meras palavras!

"A ninguém fiqueis devendo cousa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros; pois quem ama o próximo tem cumprido a lei. Pois isto: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e, se há qualquer outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. O amor não pratica o mal contra o próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor." (Romanos 13.8-10)

Pensemos nisso seriamente!

Que o Senhor nos abençoe, restaurando nosso conceito de amor a Ele e ao nosso próximo, e que venha nos revestir da mesma essência do Seu amor, que é sempre imutável, puro e infindável!