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31 de mar. de 2013

Colecionando Pessoas.

Paz e graça a cada um dos leitores do Impactando Vidas! É sempre bom estar aqui!  Mais uma vez quero pedir perdão a todos que porventura, ao passarem continuamente pelo blog, não veem atualizações mais frequentes. Tenho me esforçado ao máximo para continuar com este projeto, e peço apenas uma coisa: tenham paciência comigo! Este tempo de "silêncio", digamos assim, tem me possibilitado refletir mais apropriadamente sobre muitas coisas, e espero em Deus que muitos textos relevantes e de aprendizado, principalmente para mim, logo estejam disponíveis no Impactando!

Hoje compartilharei um texto que fiz para o CDC (Conversa Decente Cristã), texto este que nestes últimos dias tem com frequência visitado minha mente, e penso não ser em vão. Para aqueles que ainda não sabem, sou colunista também no CDC, vale a pena clicar aí do lado e conferir muitos textos preciosos dos outros colunistas, e claro, meus por lá. Fica o convite! Meu desejo sincero é que Deus fale ao coração de cada um de vocês por meio da reflexão que segue, fiquem à vontade e descubram o que Jesus colecionava!



Quando criança tentei colecionar selos. O mais engraçado era que nunca consegui, por mais que tentasse, prosseguir com isto. Lembro perfeitamente que nesta época eu não escrevia cartas para ninguém, logo, também não as recebia, e embora minha família e amigos ajudassem com selos bem interessantes, perdi o entusiasmo, e por isso, a coleção terminou ainda bem cedo.

Já vi muitas pessoas colecionando as mais diversas coisas: medalhas, troféus, miniaturas, notas altas, recordes, vitórias... E quanto mais tenho vivido mais observo infelizmente, como os homens ajuntam pedras como se fossem diamantes em seus celeiros: quantos há que colecionam namorados(as), casamentos, frustrações, perdas, fracassos, lamentações, quantos se empenham em guardar mágoas, inimigos e pecados?  Tantas foram as prisões pelas quais passaram, que agora acham aceitável incluí-las em suas listas de objetos de estimação. E você, o que tem colecionado?

Pensando sobre este assunto, percebo que Jesus também tinha uma coleção especial, a qual compartilhou com seus discípulos e com todos aqueles que ainda hoje se aproximam dele: "Caminhando junto ao mar da Galileia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, que lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores. E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Então, eles deixaram imediatamente as redes e o seguiram." (Mateus 4.18-20)

O que Ele colecionava? Jesus colecionava pessoas! Ele não fazia isto como nós, que as colocamos numa estante, como animais exóticos, demonstrando desta forma como são úteis para nossos objetivos, como meras conquistas. De forma alguma! Cristo mostrava-se à vontade com as pessoas, as quais, de igual modo, se sentiam bem ao Seu redor. Ele se agradava em passar horas com elas, falando-lhes do amor do Pai. Mostrou que não havia preconceitos de Sua parte para com cada ser humano, não importava se estes eram saudáveis  ou leprosos, ricos ou humildes, judeus ou samaritanos. 

Jesus via as pessoas como de fato eram, sem máscaras, com suas limitações, falhas e sua necessidade de Deus. Enxergava a inveja, o destempero e hipocrisia nos corações dos fariseus e mestres da lei, mas ainda sim, nunca os destratou, antes, revelou a verdade de quem Deus é  e o caminho certo a seguir.

Sabe, desde a malfadada coleção de selos, não tenho me entusiasmado a estimar algo, mas refletindo sobre a maravilhosa proposta que meu Deus, Salvador, Amigo e Senhor tem a compartilhar, tenho me proposto a colecionar pessoas também. Juntar amigos, percebendo suas necessidades e de alguma forma, tentar suprí-las. Sentar nas ruas se for necessário e dispor um pouco do meu tempo com os que receberam do mundo ingratidão, indiferença e humilhação, e falar-lhes de alguém que realmente se importa com o que sentem, com os desafios que têm de enfrentar a cada dia.

Quero aceitar sem receios o convite de Cristo e tornar-me uma exímia pescadora de  pessoas e aprendiz na oficina divina, que aceita gente como eu, como você, nos moldando e tratando não como merecemos, mas com graça, misericórdia e um amor que não se pode mensurar. Aprender com Ele a ter tempo para amar e estar disposta a isto!

Assim como eu, posso ver centenas de pessoas a lançarem suas redes ao mar. Convido-te a fazer o mesmo. Vem! Deixe de lado estas coleções que um dia serão dissipadas pelo passar inevitável do tempo, e colecionemos um verdadeiro tesouro vivo: Pessoas! Se Jesus dispôs tempo para isto, é porque realmente este era Seu propósito e nos deixa claro que era algo de suma importância. Que possamos aprender com Ele.

No amor de Cristo, de quem sou humilde parte de Sua tão grande coleção:

Gerlane Oliveira. 

12 de fev. de 2012

Reflexos da Contemporaneidade.


Graça e Paz pessoal! Peço desculpas a todos aqueles que visitam o Impactando Vidas, principalmente nestes últimos três meses. Posso dizer que ultimamente as coisas não têm contribuído muito para que eu escreva... Entretanto, expresso aqui o meu empenho e minha palavra de continuar com este projeto e me esforçarei ao máximo para uma maior atualização deste blog. Obrigada a todos que nos acompanham nesta caminhada! E mais uma vez reitero meu convite para que participem comentando, dando sugestões. É muito interessante e igualmente importante a sua opinião.



Hoje vamos tratar sobre flash mobs no contexto cristão. Qual a linha que os une, e porque isto é tão relevante nos nossos dias?

Flash mob é um agrupamento de pessoas, coordenadas por uma rede de email ou telefone celular, que se reúnem em um lugar predeterminado, para desempenharem uma breve ação conjunta, dispersando-se logo que esta termine. Em geral, a maior parte destas reuniões são tão inusitadas, quanto desprovidas de um sentido definido - guerras de travesseiro, festas em metrôs, pessoas que se reúnem para agir como zumbis por um tempo, bater palmas por quinze minutos, e coisas do gênero. Entretanto, há também a realização de reuniões que zelem pelo bem comum e direitos dos cidadãos, como os flash mobs que protestam diante de abusos políticos ou distribuem alimentos à pessoas carentes, por exemplo.

Flash mob, portanto, não é um movimento novo, pelo menos não no sentido estrito da palavra, pois podemos observar sua ocorrência em tempos remotos, como por exemplo, na Revolução Francesa, salvo as devidas proporções, mas é um movimento bastante intenso e que tem tomado amplas direções em nossa sociedade, inclusive dentro das diversas religiões, e o cristianismo não é exceção.

Tratando-se deste quesito, ainda nos tempos idos da igreja, temos uma visão bastante clara disto nos primeiros capítulos do livro de Isaías. De uma forma resumida, temos um povo, Israel, reunindo-se nos dias determinados e realizando as celebrações estabelecidas, porém, era uma geração marcada por uma vida de injustiça, preocupação excessiva com a aparência externa pelas mulheres, e o mais terrível, um povo, que não obstante ser escolhido por Deus, esqueceu-se dEle. Israel desconhecia o Senhor, e com isso o abandonou. (Confira Isaías 1: 10-17)

Infelizmente, a igreja moderna tem mais coisas em comum com Israel deste período do que desejaríamos. Rotinas de cultos, congressos, repletos de pessoas, cujos corações estão distantes do Senhor. Pessoas que buscam tudo: dinheiro, bens, poder, fama, manipular outros, satisfazer seus desejos mais íntimos - menos o Deus de tudo!

Pessoas que deturpam o Evangelho, substituindo-o por uma imitação barata, e anátema - maldita. Flash mobs que se reúnem para disseminarem falsas e maléficas doutrinas: unção do riso, do leão, da cobra, pessoas miando, latindo e cacarejando, enquanto a Palavra de Deus é deixada de lado. E a doutrina da prosperidade sendo alardeada como verdade, levando muitos ao erro.

"Não vos deixeis envolver por doutrinas várias e estranhas, porquanto o que vale é estar com o coração confirmado com graça." (Hebreus 13.9a)

Certamente não é disso que a Bíblia trata quando diz: "Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles." (Mateus 18.20) Deus não se agrada do que estão fazendo com Seu nome e Suas palavras! Não requer de nós um simples ajuntamento onde heresias e todo tipo de bizarrices ocorram, por falta de entendimento de quem Ele é.

O que Ele requer de cada um é uma vida simples, justa e um culto racional! Dá-nos sabedoria Senhor, pois estamos agindo como loucos. Transforma tua Igreja, porque não queremos mais envergonhar Teu nome e nem sermos objetos das astúcias de Satanás. E que nossa busca seja a tua presença Deus, sempre.

Que Ele, pois, nos abençoe neste propósito!



31 de out. de 2011

Cotidiano - Enxergando nas Entrelinhas!



O cotidiano deve nos aproximar e não nos levar para longe de Deus. São as atividades costumeiras de cada dia, que constituem nossa vida. Quando se trata de viver para e com Deus, não há uma dissociação daquilo que fazemos durante o dia de culto, seja ele domingo ou outro qualquer, e nos demais dias.

É tão próprio do cristão levantar suas mãos em adoração, quanto buscar os filhos na escola, nutrir-se da Palavra que sustenta e dá crescimento, como preparar o alimento indispensável ao sustento do corpo, ser parte da família de Cristo, como constituir a própria.

Desde o instante do seu nascimento até o momento de sua morte, o homem é humano,ainda que neste processo se corrompa e tenha atitudes próprias de animais, contudo, não se transforma em um. Um homem não deixa de o ser ao entrar em uma padaria ou ao mudar de país. Continuará como tal aqui ou mesmo se preferir vagar pelo espaço. Da mesma forma, o cristão não deixa de ser cristão quando sai da igreja(templo), muito pelo contrário, se ele é um cristão genuíno, o será em seu trabalho, em sua casa, ou em qualquer outro lugar ou circunstância.

Sabemos que situações trágicas têm a tendência de nos fazer voltarmos para Deus, mas isto não deveria ser, ou melhor, não deve ser a regra que impera em nossa vida. O cotidiano não deve nos afastar de Deus, antes de tudo, deve nos direcionar para Ele.

  • Momentos de insônia: oportunidade em meio ao silêncio da noite de ouvir a voz de Deus.
  • Afazeres domésticos, reuniões; em meio a processos nos tribunais,salvando vidas, preparando a terra, no calor do dia, com a enxada na mão: lembrança de que Deus nos dotou com dons e talentos. Seremos bons mordomos daquilo que nos foi confiado? Lembremos ainda que nada é nosso, tudo é do Senhor: "Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos." (1 Crônicas 29.14b)
  • Trânsito: oportunidade de nos aquietarmos e buscarmos a Deus.
  • Envelhecer: a idade é um gentil lembrete de que estamos mais perto do lar do que imaginamos.
  • Erros: há a possibilidade de voltar para o caminho. Persevere um pouco mais!
  • Visitas a consultórios médicos que nunca cessam, remédios, em uma cama de hospital ou em um funeral: a certeza de que apesar de toda dor, Deus está ao nosso lado e cuida de nós. Não há razão para temer: um dia a própria morte irá morrer! "O último inimigo a ser destruído é a morte." (1 Coríntios 15.26) Como bem enfatiza uma música, bastante feliz em toda sua estrutura, da Banda Resgate: "Eu vou me lembrar, que quando eu morrer, eu vou viver!"
Imagem: Lenara Monteschio

São as histórias que vivemos todos os dias que realmente importam. As histórias narradas em nossos livros ou filmes favoritos nem de perto se comparam com o que podemos desfrutar em nosso cotidiano, se voltados para Deus! Elas apenas contam com um pouco mais de fantasia o que enfrentamos em nossa realidade. Mas antes de tudo, o cotidiano deve nos mostrar que apesar de qualquer coisa, Deus está! E isto basta!

Deus vos abençoe!














30 de jul. de 2011

Quem é Deus? A Perfeita Definição!


Algo bem peculiar ao ser humano é determinar para si conceitos sobre tudo o que lhe rodeia ou diz respeito a si mesmo. Simplesmente não conseguimos viver sem estes conceitos; é uma forma que encontramos para facilitar nossa vida, visto que, conhecer em vários aspectos - se possível, todos - algo ou alguém, nos dá segurança para agir diante de certas circunstâncias que vão se impondo durante nossa trajetória, no dia-a-dia. Enfim, podemos dizer que é uma necessidade.

Se a satisfação desta necessidade traz bem-estar, é igualmente verdadeiro, que em determinadas situações, torna-se potencialmente problemático, uma vez que ao ditarmos definições para coisas, pessoas e tudo o mais que nos cerca, há o risco de cometermos erros, pois fazemos isto baseados em nossos próprios sentimentos, valores e "achismos", e não devemos nos esquecer que muitas vezes, esses valores são invertidos, os pensamentos preconceituosos, os sentimentos enganosos e nossa visão é insuficiente e nebulosa; daí que podemos resumir tudo isto em uma única sentença:

"Quem se descreve se limita."(Lembrando que descrever é uma forma de determinar conceitos, assim como classificar, separar em grupos, etc.)

Se há o risco de nos enganarmos e cometermos injustiças - e pode ter certeza que há - ao dar "nome aos bois", digamos assim, imagine quando decidimos fazer isto em relação a Deus, a Seus atributos, à Sua essência. Veja bem, não me interprete mal. Não estou dizendo com isso, que não podemos ou devemos ter uma noção sobre Deus ou sobre tudo o que existe. O que quero dizer é que devemos varrer para longe de nós as noções equivocadas!

Certamente não deve ser novidade para você a imagem vendida de um deus como um velhinho, de barbas e cabelos grandes, vestido de branco e sentado em uma nuvem. Um deus avô: e uma boa paráfrase disso é o Papai Noel. Ou então a imagem de um homem carrancudo, mal-humorado, tirano e irado, que espera apenas um pequeno deslize seu para mandá-lo para o fogo eterno. Uns apelam para a figura do pai negligente que "passa a mão pela cabeça do filho" e esquece da correção necessária, enquanto outros se apropriam de um deus fantoche, manipulado pela disputa partidária ou política, visando interesses próprios.

Como definir o que não entendemos? Como limitar o ilimitado, como descrever o indescritível? Deus não é do nosso tamanho, aquilo que nos aflige não O atemoriza e nossas vãs definições sobre Ele não O atingem, não mudam Sua essência. Palavras ou testemunhos ruins, nossas quedas não jogam lama sobre Seu nome. Ele não pertence a um grupo político, nem será colocado em uma caixa, como se fosse um boneco da religião.

Ao contrário do que pensamos, Seu amor não está dissociado de Sua justiça, Ele disciplina a todo aquele que ama:
"Sabe, pois, no teu coração, que, como um homem disciplina a seu filho, assim te disciplina o Senhor, teu Deus." (Deuteronômio 8.5) "Eu repreendo e disciplino a quantos amo." (Apocalipse 3.19a) As nuvens são estrado dos Seus pés, Sua misericórdia perdura eternamente e Seu amor é indizível!

O que importa de fato, não são as idéias que nossas mentes formam a Seu respeito, antes, o que Ele pensa a nosso respeito! Algo digno de reflexão. Mas uma vez que a necessidade de definição não nos abandona, tenha em mente algo muito importante, sendo Deus indescritível, Ele também providenciou isto para nós:

Jesus é a mais perfeita definição de Deus -
Jesus nos mostrou quem é Deus!

Concluindo, deixo este vídeo para reflexão, cuja mensagem fala exatamente do que tratamos no texto de hoje. Peço desculpas pelo fato de estar sem tradução, infelizmente não encontrei a legenda.

Deus os abençoe.

22 de jun. de 2011

Mais uma vez - Tempo!

Vivemos em um mundo corrido. Fato! Aliás, o lema do hoje é : "Corra! Não pense em parar, muito menos em ir devagar, do contrário, você fica pra trás!"

Em decorrência de tanta correria, temos atropelado as etapas que a vida sabiamente nos apresenta. E as consequências são terríveis! No curso normal das coisas, por exemplo, são necessários exatos nove meses a fim de que uma criança seja formada, se este tempo não for respeitado, pode nascer com problemas graves e em casos mais drásticos, até mesmo morrer. Ninguém planta uma árvore hoje esperando que esteja adulta e produzindo frutos amanhã. Da mesma forma, duas pessoas não se conhecem agora e imediatamente se propõem em casamento. Nenhum estudante chega à faculdade após ser alfabetizado, antes, tem de trilhar a estrada preparatória para isso, passando pelo ensino fundamental, médio e depois pelo vestibular.

Uma casa não é construída em cinco minutos, nem uma amizade em apenas uma rápida conversa. Nada na vida é alcançado sem que passemos por etapas. Esperar não é fácil, seja pelo que for, mas é durante a espera que nos preparamos devidamente para usufruir daquilo pelo qual esperamos. Isso me faz lembrar de algo que vi ontem no twitter, o Thiago Grulha escreveu com muita propriedade que "Deus prepara oportunidades pra você, mas deseja te preparar para as oportunidades também." Uma das maneiras de Deus fazer isto é justamente nos colocando em Sua sala de espera.

Quando desvalorizamos a importância e a razão desses períodos que envolvem toda nossa vida, passamos pelas situações diárias sem identificarmos o que de fato ocorreu, e quando percebemos, já é bem tarde para evitarmos muitos sofrimentos e erros desnecessários. A mídia em toda sua extensão cada dia mais acentua isto, porém, infelizmente, não soa como um alerta, mas como uma espécie de prazer mórbido.

Namorados desfrutando dos benefícios e direitos de casados, e, diga-se de passagem, sem maturidade e responsabilidade alguma, aliado a isto, abortos são praticados como sendo tão inofensivos e banais como um simples trocar de roupa. Casamentos são desfeitos porque as pessoas não suportam sequer enfrentar as situações difíceis, situações estas as quais fizeram menção em seus votos matrimoniais, e já "pulam fora", melhor dizendo, muitos se casam com a mente cheia do pensamento: "se não der certo, a gente separa."

Adoecemos porque o tempo preciso para a maturação dos alimentos não é respeitado, utilizando-se então, produtos tóxicos e nocivos à saúde. Crianças hoje sabem muito mais do que os adultos, aliás, é difícil encontrar uma criança que age como tal nos nossos dias. Muitas delas aos cinco já namoram e aos sete já tiveram alguma experiência sexual, aos nove estão desiludidas amorosamente e aos onze são pais. Exagero? Infelizmente, não! Muitos enriquecem de uma hora pra outra, de forma ilícita, que fique bem claro, e por quê? Porque mais uma vez não esperaram os frutos do seu trabalho diário e contínuo, mas honesto. Inúmeros e lastimáveis são os exemplos.

Este é um tempo para pararmos um pouco de correr e nos aquietarmos, e enquanto fazemos isto, ponderarmos sobre o que temos feito de nossa vida, como isto afeta outros ao nosso redor, porque querendo ou não, sempre influencia, em maior ou menor proporção. Aquietarmos -nos para ouvir Deus falar conosco, pois em todo este caos, temos nos esquecido e nos privado de ouví-lo. Aprendermos que há o tempo certo para todas as coisas, e quando avistarmos as flores e os frutos saberemos que esta é a legítima recompensa que Deus nos tem dado.

Afinal, a prudência está em esperar e nos deleitarmos nEle que diz:

"Tudo tem o seu tempo determinado e há tempo para todo propósito debaixo do céu: há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar e tempo de curar; tempo de derribar e tempo de edificar; tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar de alegria; tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar; tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de deitar fora; tempo de rasgar e tempo de coser; tempo de estar calado e tempo de falar; tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz." (Eclesiastes 3. 1-8)

Deus os abençoe!

13 de abr. de 2011

O Teor de Nossas Escolhas

Olá pessoal. Hoje irei compartilhar um texto escrito há um ano atrás para o C.D.C. (Conversa Decente Cristã), por ser um tema sempre atual e de importância relevante para nós. Espero que seja motivo de reflexão para todos. Sem mais delongas, vamos ao texto.

Um dia desses, estava olhando algumas coisas no computador, quando me deparei com o trailler de um filme. Parei um pouco e observei. O filme a que me refiro é 2012. Não muito tempo depois, o assisti. Já imaginava o que iria ver, e as impressões que ficaram dele não me cabe explicitá-las aqui, afinal, como dizem por aí "gosto é uma coisa que não se discute."

Desde o lançamento do filme citado acima, muito se tem dito sobre o fim dos tempos, e acredita-se até mesmo que o mundo irá terminar em 2o12. A internet está repleta de textos que falam do assunto, livros antigos e atuais foram publicados dissecando o tema. Quem não se lembra das profecias de Nostradamus - segundo elas, o mundo chegaria ao seu fim no ano 2000? Recordo-me perfeitamente daquele ano, pessoas escondendo-se debaixo das camas, fugindo para lugares inóspitos, e muitos chegaram ao extremo de dar cabo da própria vida.

Nos dias em que vivemos, a ocorrência de terremotos, desastres físicos, fome, miséria, guerras entre nações, a perseguição da igreja, entre muitos outros fatores, têm se mostrado cada vez mais intensos. Estes são apenas alguns dos vários acontecimentos que precederão o fim, segundo as próprias palavras de Jesus. (Marcos 13.3-27) Entretanto, quem é o homem, simples mortal, para determinar quando estas coisas acontecerão? O próprio Cristo deixou claro que nem mesmo Ele tinha tal conhecimento: "Mas a respeito daquele dia ou da hora ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem o Filho, senão o Pai." (Marcos 13.32)

Não sei o que você pensa a este respeito. Muitos acham que é apenas uma história, uma invenção humana. Talvez esteja se perguntando: Onde quero chegar com isso? O que eu desejo que você entenda, é que se o mundo terminar em 2012 ou não, se Cristo voltar daqui há dois anos ou dentro de dois dias, o fato é que se morrermos hoje significa que o mundo já terminou para nós e já nos encontramos com Cristo, e a forma como vivemos e as escolhas que fizemos farão toda diferença.

As pessoas têm se preocupado com o amanhã, mas se esquecem do agora. Temos vivido de tal forma que o nosso lema tem sido, como nos dias que antecederam o dilúvio: "Comamos e bebamos, pois amanhã morreremos." "Vamos aproveitar tudo o que o mundo pode oferecer, nos prostituir, "soltar a franga", "sair do armário", porque amanhã vamos morrer." Inconscientemente, com esta filosofia, as pessoas simplesmente estão assumindo o veredicto: "vivemos de uma forma tão vazia, tão indigna de Deus, que não há solução, tudo está perdido para nós."

Mas o que quero que perceba é que isso é mentira. Deus tem concedido tempo a você, a oportunidade de repensar a sua vida, e fazer a escolha que determinará o seu futuro eterno: andar com Deus! "Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou o que dará o homem em troca da sua alma?" (Mateus 16.26) E por favor, não venha com saídas do tipo: "céu e inferno não existem, o inferno é aqui mesmo." Não subestime sua inteligência nem a minha.

Eu não sei quando Cristo virá. Não posso prever o que ocorrerá no próximo minuto, se amanhã estarei viva ou se haverá uma geração após esta que vislumbrará o Senhor descendo das nuvens nos céus, com poder e grande glória. Mas de uma coisa tenho certeza: esta, para mim, pode ser a última geração. Dessa forma, a escolha que tomei me impulsiona a agir de modo diferente. Ando com Deus, e desejo que você também ande com Ele e O conheça, e no que depender de mim, isso será possível.

A alternativa a que me proponho hoje é: marcar esta geração propagando a palavra da verdade, de forma que possa ver pessoas se reconciliando com Deus. E se amanhã eu vier a morrer, todos os meus esforços, meu tempo, minha vida, enfim, tudo o que gastei aqui, não terá sido em vão. Seu nome pode estar entre os milhares de soldados, que deixaram a zona de conforto e foram para frente de batalha, porque entenderam que "é muito mais fácil morrer como Jesus se você tiver vivido como Ele por toda uma vida." Isso vai depender tão somente de suas escolhas!

Que Deus, pois, possa abençoá-los, de maneira que as escolhas que fizerem aqui, sejam as melhores e providenciais para a eternidade.

1 de dez. de 2010

Identidade - Vale a Pena Fingir?

Faz algum tempo que penso em escrever algo sobre máscaras. Não quero escrever algo lógico, banal, não quero falar de trivialidades que envolvem este assunto, o problema - pois é um problema e dos grandes - é mais profundo do que meras palavras. Estes dias li um texto de Fernando Saraiva, autor do blog Shekinah da Vida, e uma pequena frase, mas de grande significado, ficou pairando em minha mente e deu o empurrão que faltava para que as palavras que há tempos borbulham aqui dentro fluíssem pelos meus dedos - e dizia assim:

"Todos os dias busco uma identidade pessoal, algo difícil de construir, e sei que levará um bom tempo para ser terminada."

Todos os dias busco uma identidade pessoal... Como eu gostaria de ser? Com quem gostaria de me parecer? Não quero estas rugas, nem este nariz afilado demais; não posso deixar que percebam que não sou tão forte como demonstro ser, que há tantas coisas sobre as quais nada sei. Não desejo ser esta pessoa impulsiva, que não contém as lágrimas, um fraco, talvez... Quero ser popular, ter amigos, ter bens... coisas do gênero. Não faz sentido ser como sou, ser quem sou, se as pessoas nem sempre gostam do que vêem depois da embalagem. Daí as máscaras... Simplesmente viável, perfeito, confortável. Será mesmo?

Quando estiver triste, mostrarei um sorriso sem graça, mas de tal forma plastificado, enfeitado, maquiado, que as lágrimas que escorrem pelo meu rosto não serão notadas, tamanho seu brilho, ainda que falso. Quando com raiva, com vontade de jogar tudo pro alto e encarar que sou tempestivo, me cobrirei com o véu da tranquilidade, mostrarei toda minha amabilidade, compreensão e paciência. E os meus defeitos? Bem, irei ignorá-los, eles só atrapalham, e se fingir que não existem, desaparecerão... se não "existem" pra mim, não existem pros outros.

E meus pecados? Bobagem! O que há hoje é um desvio de conduta, algo muito simples, nada de alarmante. Isso a que chamam de pecado nada mais é do que argumento da oposição, palavras de fanáticos... Sou uma pessoa boa, atenciosa, faço tudo que estiver ao meu alcance para ajudar a todos, que história é essa agora? Só por que vez ou outra escorrego um pouco aqui e ali, em umas coisinhas tolas, você vem apontar o dedo pra mim? Você é diferente de mim?

Conhecemos muito bem estes argumentos, de ouvir falar e principalmente de ditá-los para nós mesmos, de repetí-los até a exaustão - quem sabe assim não nos convencemos, não é mesmo?! E de tanto fingir, de tanto encenar, perdemos nossa verdadeira identidade. Olhamos no espelho e este rosto, este sorriso, estas roupas, tornam-se parte de nós, ou melhor, nos tornamos parte delas, um enfeite a mais, uma peça de brechó. E quem somos? Investimos tanto tempo, esforço e dinheiro em mostrar aos outros o que não somos... Construímos nossas vidas em torno de toneladas de lixo. E pra que? Aceitação?! Então eu pergunto: Como buscar aceitação, se nem ao menos sabem quem sou de fato?

Enquanto passamos a vida inteira tentando manter uma situação insustentável, pois é certo que em algum momento a máscara irá ruir, perdemos a chance de vivermos e convivermos com as pessoas de forma normal, aceitando que não somos super homens ou mulheres, e o que é pior, perdemos a oportunidade de sermos aceitos verdadeiramente como somos, mas não somente isto, perdemos a oportunidade de sermos moldados, tratados e transformados em seres humanos melhores, como fomos criados para ser. Fingimos que vale a pena fingir... e isso tem um preço alto e amargo demais!

Independente de qualquer coisa, esquecemos de Alguém que nos vê como realmente somos, do Deus que nos aceita a tal ponto que não poupou a vida do Seu próprio filho para que pudéssemos ser introduzidos diante dos Seus olhos de amor, na Sua presença, aquele que está interessado em não apenas nos receber em trajes imundos em Sua casa, mas em trocá-los e desfazer a sujeira em que nos encontramos. Interessado em quebrar nossas máscaras e rasgar nossas capas, para que nosso fulgor antes ultrajado por elas, brilhe, mostrando que não vale a pena fingir, não precisamos fingir, pois somos Sua imagem e semelhança, e ainda que esta imagem e semelhança esteja corrompida, Ele deseja e pode restaurá-las!


A verdade é que somos nós mesmos que determinamos se vamos usar máscaras ou não. Quem seremos. Uma coisa eu sei, a identidade que pretendo construir a cada dia, ainda que dure tempo, ainda que me custe muito, é a de filha de Deus, Sua imagem e semelhança restaurada! Nenhum preço pode ser mais alto do que aquele que Ele pagou por nós na cruz!

"Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito (filho único), para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (João 3.16) E por que Ele amou, não preciso mais fingir, e por isso, João 3.16 hoje pode ter um significado muito maior, vivo e atual para mim e para você!


17 de nov. de 2010

Aprendendo Lições na Caverna.

Bom dia! Gostaria de compartilhar com vocês hoje, um post que escrevi para o CDC (Conversa Decente Cristã) onde sou colunista juntamente com outros três amigos. É um texto muito especial pra mim, enquanto o escrevia pude sentir Deus confortando o meu próprio coração, e sei que tem um propósito dEle em colocar em meu ser a vontade de dispor este texto aqui. Espero que Ele fale de forma graciosa com vocês assim como falou comigo, e peço que apesar do tamanho um pouco extenso não deixe de lê-lo até o final.

Tudo começou com uma discussão. As brigas continuaram, mas agora, o silêncio da indiferença ecoa nas vielas do seu ser, o amor que havia, se foi e o casamento que parecia tão sólido, ruiu. Você conhece a dor da perda, assistiu a muitos funerais, presenciou pessoas queridas se distanciarem, filhos, pais, esposas morrerem, amizades desfeitas, e tudo o que existe é um vazio e desespero tão intensos, quase palpáveis.

Todos perderam a confiança em você, porque se tornou um estranho, até perigoso. O seu vício é tamanho que já não basta se embriagar até cair ou simples cigarros, aumentou-se a dose e o que surte efeito é a cocaína e o êxtase; não existem mais escrúpulos, tudo é válido para sustentar esta situação: enganar, roubar, espancar e até matar.

Conhece também a forma como as pessoas o tratam. Olhos de acusação, línguas afiadas que dizem: "Olha só o perdedor. Não consegue emprego. Também pudera! Quem confia em um ex-presidiário?" ou então "Lá está aquela mulher de vida fácil, uma prostituta. Não fale com ela, não se aproxime, ela é nociva!"

Em determinado momento, você gastou um pouco além do esperado, perdeu o controle da situação e sua dívida é tão grande, que não sabe o que fazer, a quem recorrer. Vive só, abandonado, ao relento, à própria sorte, em ruas violentas, em meio aos transeuntes de coração mais gélido que a neve. A fome, o frio, a perda de identidade, falta de amor, o estereótipo de desocupado, de vagabundo, são uma constante em seu dia.

Perversão é o seu lema.Você é um explorador, um sádico que abusa de crianças, e o seu prazer infame só é consumado, muitas vezes, com o óbito de um inocente. Você sofreu tanto e agora isso? Descobriu que lutou até mesmo quando não existia força alguma contra esta doença, mas são poucos os seus dias.

Ou simplesmente um cristão, que depois de tantas lutas, mesmo presenciando a grandeza de Deus, está desgastado, anda aos trambolhões em sua fé pequena e em seu desânimo. A lista é enorme... Você conhece a escuridão, o frio, o medo e o silêncio sempre constantes e crescentes da caverna. Na vida, não importa quem você é ou o que faz, o tamanho da sua conta bancária, sua cor, a religião que professa ter, se é influente ou está renegado a viver às margens da sociedade, culto ou iletrado. Nada disso poderá poupá-lo de adentrar o sombrio ambiente das cavernas que nos estão reservadas. Isso é fato!

Mas, hoje, quero compartilhar a história de um homem que sabe bem a que me refiro. O nome dele? Elias. Quem ele era? Um grande profeta que desafiou os famosos e cruéis Acabe e Jezabel, rei e rainha de Israel e os 450 falsos profetas de Baal e prevaleceu. Um homem excepcional que andava com Deus, ouvia Suas palavras e era direcionado por Ele. Mas houve um dia, em que as adversidades enfrentadas por ele chegaram a tal ponto, que decidiu fugir para o deserto e morrer. Suas forças se extinguiram, o cansaço passou a fazer parte de sua vida, e então Elias entrou na caverna, literalmente.

Convido-o a acompanhar comigo esta história no livro de 1 Reis 19.1-13, que diz assim:

"Acabe fez saber a Jezabel tudo quanto Elias havia feito e como matara todos os profetas à espada. Então, Jezabel mandou um mensageiro a Elias a dizer-lhe: Façam-me os deuses como lhes aprouver se amanhã a estas horas não fizer eu à tua vida como fizeste a cada um deles. Temendo, pois, Elias, levantou-se, e para salvar sua vida, se foi, e chegou a Berseba, que pertence a Judá; e ali deixou o seu moço.

Ele mesmo, porém, se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte e disse: Basta; toma agora, ó Senhor, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais. Deitou-se e dormiu debaixo do zimbro; eis que um anjo o tocou e lhe disse: Levanta-te e come. Olhou ele e viu, junto à cabeceira, um pão cozido sobre pedras em brasa e uma botija de água. Comeu, bebeu e tornou a dormir.

Voltou segunda vez o anjo do Senhor, tocou-o e lhe disse: Levanta-te e come, porque o caminho te será sobremodo longo. Levantou-se, pois, comeu e bebeu; e, com a força daquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus. Ali, entrou numa caverna, onde passou a noite; e eis que lhe veio a palavra do Senhor e lhe disse: Que fazes aqui, Elias?

Ele respondeu: Tenho sido zeloso pelo Senhor, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida. Disse-lhe Deus: Sai e põe-te neste monte perante o Senhor. Eis que passava o Senhor; e um grande e forte vento fendia os montes e despedaçava as penhas diante do Senhor, porém o Senhor não estava no vento; depois do vento, um terremoto, mas o Senhor não estava no terremoto; depois do terremoto, um fogo, mas o Senhor não estava no fogo; e, depois do fogo, um cicio tranquilo e suave.

Ouvindo-o Elias, envolveu o rosto no seu manto e, saindo, pôs-se à entrada da caverna. Eis que lhe veio uma voz e lhe disse: Que fazes aqui, Elias?"

Meditando neste texto, aprendemos algumas coisas muito especiais:
Aprendemos que desertos e cavernas, apesar de áridos, difíceis e locais de tentação, são lugares onde encontramos o Senhor! Observe que em nenhum momento Deus esteve ausente da trajetória que Elias estava trilhando. Foi assim com Moisés e o povo de Israel, durante quarenta anos no deserto e é assim também conosco hoje. Prefiro estar no deserto com o Senhor, do que em um oásis longe dEle!

Aprendemos que Deus supre nossas necessidades. No deserto, Ele enviou um anjo para fortalecer Elias, suprindo suas necessidades físicas, espirituais e preparando-o para que tivesse condições de seguir em frente e se encontrar com Deus na caverna. Aprendemos que o silêncio das cavernas não é casual. Tem o propósito de desenvolver em nós a sensibilidade espiritual para ver e ouvir o Senhor em qualquer situação, por mais adversa que esta seja.

Elias teve esta percepção, ele sabia que não precisava de grandes acontecimentos, de façanhas para sentir a presença do Senhor. Ele sabia que Deus também se revela no que é pequeno, singelo e que passa despercebido por muitos. Infelizmente, é o que mais ocorre conosco. Estamos tão ocupados, necessitados de respostas, que na nossa confusão, na vida agitada que levamos, perdemos oportunidades de ouvir o Senhor falar conosco, porque achamos que Ele só fala em grandes convenções, congressos cheios de pessoas, com pregadores saturados de fama humana.

Aprendemos que Deus nos tira da caverna, como fez com Elias. Ele nos chama para fora dela, e nos habilita a seguirmos adiante, nos fortalecendo e nos dando a certeza de que estará conosco em todos os momentos. Não entramos em cavernas por acaso, muitas vezes, somos nós mesmos que nos dirigimos para lá, seja por nossos pecados, por nossa arrogância, precipitação, e é certo que o Senhor não se agrada que fiquemos lá.

Mas outras vezes, é Ele quem nos conduz até lá, não para nos punir, mas para nos ensinar algo, para nos provar, e não se engane, por mais doloroso que isso possa ser, Ele só nos chamará e nos guiará para longe desse nevoeiro quando estivermos prontos. E por fim, aprendemos que chegará o tempo de sairmos da caverna. Mas o que acontece é que nos psicoadaptamos tanto com a escuridão, com os problemas, chegamos até mesmo a tirar alguns "benefícios" disso, que perdemos a noção de que é tempo de sair da escuridão da caverna para a luz de um novo dia. "O que fazes aqui, Elias?" Faça a si mesmo esta pergunta.

Em tudo isto, também aprendo Senhor, que não somos super heróis, não adianta fingir, não somos diferentes no tocante a este assunto. Muitos estão neste momento, como eu, na caverna, e tantos que nos rodeiam nem ao menos percebem isto. Mas eu também aprendo que, cedo ou tarde, o silêncio que reina em nossa caverna pessoal será rompido por Tua doce voz, e quando isto acontecer, e estou certa, vai acontecer, não seremos os mesmos, sairemos mais fortes, com ânimo renovado, provados pelo fogo das adversidades - e que importa que fiquem as marcas? - as cicatrizes serão apenas mais um lembrete de que passamos pelo teste e fomos aprovados, continuamos firmes rumo ao alvo - Jesus Cristo!

"Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos." (2 Coríntios 4. 8-9)

"Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas nas cousas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem, são eternas." (2 Coríntios 4. 17-18)

Ele está presente! Acredite! Em cada momento, no seu vale, na sua alegria. Deus está!





22 de jun. de 2010

Nova Visão. Atitude diferente de Coração.


Quem tem ouvidos para ouvir, ouça e dessa forma será bem aventurado. Este é o convite encontrado nas Sagradas Escrituras, o qual nos exorta sobre a necessidade de desenvolvermos a sensibilidade de aprender não somente a ouvir, mas de uma forma geral, a colocar em prática o que é genuinamente bom e de igual forma benéfico para nós e nossos semelhantes.

Seria de grande valia tomarmos como exemplo o que foi dito acima no que concerne à visão. Afinal, do que adianta termos uma visão fisicamente perfeita, se vivemos imersos numa bolha sombria de ignorância e desrespeito por Deus, pela vida e inteligência que pulsa inevitalvemente de nosso ser?

A Idade Média ficou também conhecida como a Idade das Trevas ou a tenebrosa noite de mil anos. Entretanto, podemos admitir com tristeza, que vivemos dias sem dúvida desastrosos se comparados com o período medieval, não mais em relação à estagnação do desenvolvimento da ciência e das artes daquele tempo, mas devido a uma insensibilidade grotesca e brutal, tão banalizada entre nós, quando tudo o que fazemos é fechar os olhos para tudo o mais cuja órbita não seja nosso próprio mundo, nossa redoma de vidro dourada.

Olhe em volta, não é difícil constatar o caos gerado por nossa falta de visão e por ignorar que o problema é mais profundo do que parece, pois está na atitude do coração. São direitos assegurados por lei desrespeitados, vidas ceifadas por motivos torpes, pessoas que se tornam prisioneiras dentro de suas próprias casas temendo a violência, enquanto os ímpios estão lá fora, espreitando como lobos ferozes as vítimas indefesas, sem mencionar aqueles que se tornam prisioneiros dentro de si mesmos, devido a seus medos, suas frustrações, por que uma vez que se psicoadaptaram a essa escuridão, não renunciam suas mazelas, seus pecados, e não admitem a necessidade de mudança e de ajuda.

"Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias." (Mateus 15.19)

Muitos estão se aproximando do fundo do poço, não por que há falta de sabedoria, mas falha em pedí-la, de recursos ou de capacidade de enxergar e propor solução para os problemas tão tangíveis, mas porque se tornam cegos pela própria vontade, porque optam por seguir seus corações corrompidos por suas próprias cobiças.

"Enganoso é o coração, mais do que todas as cousas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?" (Jeremias 17.9)

Entretanto, chegará o dia, e está mais perto do que nunca, em que os filhos pródigos, outrora dominados pelo torpor das riquezas e paixões mundanas, da insensibilidade e prepotência, retornarão à casa paterna, em que a Luz do mundo resplandecerá com toda a sua força, em que os filhos de Deus desimpedidos de suas amarras, de seus preconceitos, correrão com toda intrepidez, com novos olhos, e levarão ao mundo o entendimento da hecatombe em que vivem:

O homem como o mais desprezível de todos os seres, por que pensa, mas se recusa a pensar, por que sabe que há um Deus que morreu por ele, que o ama e espera de braços abertos o seu retorno para o lar, mas se afasta, por que vê, mas prefere cegar.

Deus, o nosso desejo é que a cegueira que impera neste mundo, e muitas vezes entre aqueles que Te conhecem, seja dissipada. Que o Teu amor e a vida que há em Ti, sejam liberados através dos que Te conhecem e alcancem a vida de muitos. Dá-nos uma nova visão Pai, a Tua visão. E que verdadeiramente, as atitudes do nosso coração sejam agradáveis a Ti!

Caro leitor, não endureça o coração, volte-se para Cristo, para Deus você não é desprezível, Ele te ama, Jesus deu Sua vida por você. Não O ignore. Há esperança e ela se resume em Jesus!

21 de abr. de 2010

Que Herança Iremos Deixar?


É incrível observarmos a realidade que nos cerca e constatarmos, nos nossos dias, o grande impacto das atitudes e realizações que promovemos. Não é necessário voltarmos muito tempo atrás, basta alguns anos para entendermos que há uma disparidade gritante entre o legado deixado por nossos pais e aquele que estamos construindo para nossos filhos.

A herança que recebemos trata de questões bastante simples, mas não menos importantes, tais como o respeito pelos mais velhos, a busca de coisas mais elevadas, a preocupação em preservar o meio ambiente e um maior impulso de cuidar mais daquilo que norteia nossa vida interior em detrimento das aparências. O oposto, portanto, de tudo o que vivemos até agora.

Então ficam aqui alguns questionamentos bastante pertinentes:

Pais, qual é a herança que deixarão para seus filhos e futuros netos? Será a de uma rigidez sem tamanho, um silêncio doentio diante das atitudes que suas crianças e adolescentes têm demonstrado, a falta de determinação e amor necessários para confrontá-los com a verdade diante de seus erros e coragem ainda maior de corrigí-los?

Serão ditas as palavras de elogio e apoio, para encorajá-los a seguir o caminho reto, justo e bom? Que exemplos têm dado a eles? Alguém, aliás, escreveu com muita propriedade, que a palavra tem o poder de convencer, mas nada substitui o exemplo, pois este arrasta.

Filhos, qual a visão de mundo que tem abarcado suas mentes? Porventura, não estão cansados da inversão de valores, do desrespeito mórbido com que tratam os mais velhos, com a falta de temor diante de Deus, uma visão distorcida que apenas valoriza o exterior, mas despreza o que realmente importa?

Talvez seja mais fácil engolir a porcaria que a televisão nos empurra, pensar do mesmo modo que todo mundo, esquecendo que é muito melhor ser autêntico do que viver como um monte de ovelhas desgarradas, que imitando umas às outras, pulam no abismo.

Igreja, qual tem sido o nosso papel desempenhado nesta terra? Onde estão os inconformados com este mundo corrupto? Para onde foram aqueles que reconhecem que o que está em risco, não é seu próprio nome, seu bem-estar, sua prosperidade, mas sim vidas?

Quando será que iremos parar e enxergar que o fundamental não é discutir qual a melhor denominação, que roupa é a correta, se saia ou calça, mas sim pregar o verdadeiro evangelho - não o evangelho do homem para o homem - mas o evangelho de Deus, as boas-novas de Deus para os homens? Quanto tempo ainda resta para que deixemos de viver sob máscaras e nos livremos de uma vez por todas de nosso legalismo e farisaísmo insano?

Que herança estamos deixando? Por mais complexa que possa ser nossa situação, ainda há tempo para mudá-la. Glória a Deus por isso! É Sua maravilhosa graça que nos concede esta perspectiva. O legado que deixaremos pode ser de tragédia, desespero e morte. Ou pode ser também de paz, esperança e vida. Isso vai depender do que fizermos aqui, das decisões que viermos a tomar.

Pais, que vossa herança para seus filhos e netos, seja: "Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele." (Provérbios 22.6)

Filhos, que a vossa possa ser: "Guarde puro o seu caminho, observando-o segundo a palavra do Senhor." (Salmos 119.9)

"Lembra-te do teu criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer." (Eclesiastes 12.1)

"Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá." (Êxodo 20.12)

Igreja, que nossos olhos sejam abertos, nossos corações se voltem para o Deus Altíssimo, de forma que venhamos ser sal da terra e luz do mundo, e que "assim brilhe também a nossa luz diante dos homens, para que vejam as nossas obras e glorifiquem a nosso Pai que está nos céus." (Mateus 5.16)

Que nosso exemplo hoje seja, como nas palavras de Joseph Bayly, lembrar na escuridão, do que aprendemos na luz.

Deus nos abençoe!

6 de abr. de 2010

Nani e a Bíblia.


Nestas minhas constantes mudanças, morei um tempo em uma cidade do interior baiano chamada Baixa Grande. Ali encontrei pessoas muito especiais, amigos inesquecíveis! Lembro-me perfeitamente das noites de sexta-feira, quando me encontrava na praça, próxima à minha casa, participando dos cultos evangelísticos, a mesma turma de jovens, ambiente descontraído,onde com toda alegria, partilhávamos da palavra de vida e adorávamos a Deus.

Foi em um desses cultos, que vi o Nani, e é sobre ele que falarei um pouco neste post. A primeira vez que o vi, estava na rodoviária esperando o ônibus para Itaberaba. Não prestei muita atenção no que ele disse,mas recordo que bateu com um livro na minha cabeça. Achei um pouco estranho, mas como estava preocupada com a demora do carro, não fiquei pensando muito sobre isso. Só muito depois é que soube quem realmente ele era e a razão do seu comportamento.

Ananias Lima Brito, o Nani, de sessenta e oito anos de idade, é natural de Baixa Grande, e até os trinta e sete, levava uma vida comum. Era um grande fazendeiro e comerciante de posses. Nesta época de sua vida, ele recebeu o chamado de Deus para levar a Sua palavra a todas as partes do mundo. Ele levou o chamado a sério, de forma que deixou tudo - a fazenda, o comércio, a família - pôs -se na estrada e começou a pregar em todo o Brasil.

É possível que você já o tenha visto, afinal, Nani conheceu todos os estados brasileiros e visitou mais de mil municípios. E a sua mensagem é simples - bate a Bíblia na cabeça das pessoas e diz: Leia a Bíblia! A primeira viagem que fez foi para Belém do Pará, e a partir de então, não parou mais de viajar e de falar do Evangelho.

Em suas viagens, chegou a conhecer dois presidentes da república: José Sarney e Collor. A única coisa que dispõe nas viagens é sua Bíblia e não leva nenhum dinheiro. Nessas peregrinações, Nani sempre conta com a ajuda das pessoas que o auxiliam com a comida e o lugar para dormir, chegando muitas vezes a dormir nas delegacias, pois além de um lugar para descansar, ele permanecia seguro.

Apesar de tudo isso, ele também encontrou muitas pessoas que não o entenderam, chegando a ridicularizá-lo e até mesmo agredí-lo. Segundo o próprio Nani: "Em muitos lugares fui chamado de maluco, de pirado, em outros lugares, fui até agredido por levar a palavra de Deus." Nani também conta que uma vez, quando estava em um povoado chamado Paraguaçu, alguém incomodado com sua pregação, disparou um tiro contra ele. Mas a bala não atravessou a Bíblia. Já enfrentou até cães perigosos, que investindo contra ele, ficaram imóveis diante da repreensão no nome de Jesus.

Por estas e muitas outras razões, Nani não cansa de pregar: "A palavra de Deus salva, já me salvou." A Bíblia realmente tem o poder de transformar vidas, pois através dela, conhecemos os planos do Senhor para nós, o plano de salvação, e por meio dela, o próprio Deus nos é revelado. Longe de ser um livro maçante, cheio de regras e complicado, ela é a palavra viva e eficaz, que restaura corações e capacita o homem a viver segundo a vontade de Deus! Por isso, faço coro com Nani:

Leia a Bíblia!

Deus os abençoe!

4 de mar. de 2010

Amor ao Próximo - O Novo Mandamento!



"Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e o primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo." (Mateus 22.37-40)

Conhecemos muito bem o valor de uma dívida, seja ela qual for, sabemos da urgência em saná-la, de mantermos nossos nomes intactos, a conduta de pessoas honestas, que honram seus compromissos e não dependem de outros absolutamente para nada. Afinal, como muitos dizem por aí, não devemos nada para ninguém, certo? Errado. Vejamos por que.

Esta é a doutrina pregada dia após dia por um mundo individualista, egocêntrico, que visa somente ao lucro e ao acúmulo de riquezas, esquecendo-se de algo muito mais importante e valioso do que todo o dinheiro que possamos abarcar. E sabe a razão da sentença "não devo nada pra ninguém" ser uma grande mentira? A razão é que estamos endividados e a cada instante esta dívida cresce mais, porque temos negligenciado o grande mandamento de Deus para nós: amar a Deus sobre todas as coisas e amar não somente a nós mesmos, mas também ao nosso próximo, da mesma forma que nos amamos!

A questão que nos levantamos é: "se estou bem, se tenho recursos, não estou só, pra que me preocupar com os outros?" E então tentamos nos retratar com a próxima questão: "o que posso fazer? Não posso resolver os problemas de todos, não tenho culpa, não sou Deus!"

"Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus?" (1 João 3.17) E não é isso o que fazemos? Pessoas morrem diariamente por falta das coisas mais básicas, enquanto diante de nossas mesas fartas, reclamamos. Vidas amargam solidão e desespero, e nos omitimos, não liberamos palavras de consolo, paz e perdão, não falamos do amor de Deus, enquanto muitos têm morrido em situações deploráveis, e diante do Juiz Supremo, quem as defenderá? Sequer ouviram sobre Cristo! E a responsabilidade de quem é?

Perdemos a essência do amor! É muito fácil amar aqueles que não nos causam problemas, que possuem as mesmas condições financeira e intelectuais que possuímos, os de bela aparência, que não apresentam nenhuma deficiência, seja ela física ou psicológica. É igualmente fácil admitir que o Espírito Santo habita em mim e naqueles que são exemplos para nós na igreja.

O que muda então em relação ao irmão não tão agradável assim, àqueles que caíram em pecado, ou aos necessitados, cujas vidas estão presas pelo pecado e pela dependência de vícios? A diferença é que se admitíssemos que o Espírito de Deus habita também no irmão que caiu, se reconhecêssemos que os necessitados são também dependentes de nossa ajuda e do amor de Deus, então, é certo que nossas atitudes para com eles mudariam, porque entenderíamos que também fomos resgatados, que somos amados, reconheceríamos que quando o Pai olha para nós, Ele não vê nossos pecados, nossas falhas, antes vê seu filho Jesus Cristo!

Aprenderíamos que amar o próximo consiste em admitir que ele também é criação divina, alguém por quem Cristo morreu e alvo do amor do Pai! Nossos atos falam mais alto do que meras palavras!

"A ninguém fiqueis devendo cousa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros; pois quem ama o próximo tem cumprido a lei. Pois isto: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e, se há qualquer outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. O amor não pratica o mal contra o próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor." (Romanos 13.8-10)

Pensemos nisso seriamente!

Que o Senhor nos abençoe, restaurando nosso conceito de amor a Ele e ao nosso próximo, e que venha nos revestir da mesma essência do Seu amor, que é sempre imutável, puro e infindável!

7 de dez. de 2009

A Carta de Deus para Nós

Com o passar dos anos e o avanço da tecnologia, são pouquíssimas as pessoas que utilizam cartas para se comunicar, afinal, se existe e-mail, MSN, Orkut, celular, Page e tantos outros meios de comunicação, para que então, gastar tempo com cartas?

Como a maioria das pessoas, também uso estes meios, que além de modernos, são práticos e facilitam muito a nossa vida; mas nada se compara à sensação de receber uma carta, aliás, tenho uma caixa cheinha delas. É uma alegria receber aquela correspondência há algum tempo esperada, a qual relata as novidades, recorda momentos agradáveis ou simplesmente trazem notícias de pessoas queridas, especiais, que estão distante de nós, nossos amigos e família.

É como se colocássemos toda nossa alma nas palavras que escrevemos ali, nos sentimos importantes, pelo fato de que alguém pensou em nós, disponibilizou um tempinho para compartilhar suas alegrias,vitórias, e também tristezas conosco, o que mostra que somos dignos de confiança por essa pessoa, ou simplesmente para nos dar um abraço e desejar um bom dia! Creio que esta é uma sensação comum a muitos.

Agora, imagine que se sentimos tudo isso por causa de uma carta que alguém nos enviou, como nos sentiremos em receber uma carta cujo remetente seja Deus! Já parou para pensar qual seria sua reação? Sei que talvez você deva estar dizendo:

"Isso é impossível. Deus não escreve cartas, e se escrevesse, certamente não seria para mim. É uma boa história, seria muito bom para ser verdade, mas não vivemos de história, de faz de contas, e sim da realidade."

Entretanto, isso não é um faz de contas, não é uma história criada por mim, é a mais pura verdade; o ponto triste desta história, porém, é que damos pouca ou nenhuma importância à carta que Deus nos enviou. Qual carta? Onde ela está? Ela está acessível a todos, é a própria Palavra de Deus, as Escrituras, a Bíblia Sagrada!

Somos tão importantes para Deus, Ele se importa tanto conosco que escreveu uma carta para nós. E nela, podemos encontrar tudo o que o Senhor preparou para seus filhos, podemos vislumbrar Seu plano de salvação, o qual se realizou através de Seu Filho Jesus Cristo, O qual demosntrou não somente o amor de Deus , mas principalmente, quem Ele é! Nela podemos ler as palavras de vida daquele que nos deu vida!

Entretanto, da mesma maneira que a caneta não escreve sozinha, o teclado não digita por si mesmo, antes, é necessário que alguém esteja utilizando-os e fazendo com que eles desempenhem seu papel, de nada adianta ter essa carta quando ela está fechada, esquecida ou simplesmente aberta em algum lugar como uma espécie de talismã; ela precisa ser lida, e você só saberá o seu conteúdo quando a ler.

Dessa forma, porque não dá uma olhadinha no que o Senhor com todo carinho escreveu para você?

Deus te abençoe grandemente!


21 de nov. de 2009

A Parábola e os Três Pródigos

Sem sombra de dúvidas, um dos textos mais conhecidos das Escrituras é a parábola do filho pródigo. Realmente, é um texto rico, atual e autêntico que nos traz muito mais para refletir e aplicar em nossas vidas, do que já temos ouvido sobre ele; e essa história pode ser encontrada no Evangelho de Lucas, capítulo 15, a partir do verso 11, estendendo-se até o versículo 32.

Diversas vezes, nosso campo visual torna-se tão psicoadaptado com passagens bíblicas como essa, que acabamos passando despercebidos pelas incontáveis verdades expressas nelas. E é por essa questão, que desejo compartilhar com vocês, o que pude apreender de um estudo dirigido por meu pai, usando o texto supracitado, e das reflexões que posteriormente tomaram parte em meus pensamentos.

A parábola do filho pródigo trata da questão do esbanjamento, do gasto em excesso de dois filhos inconstantes, insatisfeitos e perdidos, e a primeira coisa que nos chama a atenção é justamente o adjetivo usado para descrevê-los: pródigo - pois é exatamente isso o que a palavra significa - gastador, esbanjador, o que gasta em excesso.


Porventura, alguém pode estar se questionando: "Ora, sempre achei que essa parábola referia-se a apenas um filho pródigo, algo que até o título deixa claro." Bom, estamos acostumados com essa perspectiva, certo? A título de informação, essa parábola nos apresenta três pródigos. Surpresos? É verdade, porém, iremos por partes.


Em primeiro lugar, vamos tratar do pródigo mais conhecido - o filho mais moço, o imprudente que pediu ao seu pai a parte que lhe cabia na herança, e em seguida foi para um lugar distante, gastar da pior forma possível o seu dinheiro. Este jovem, quando faz semelhante pedido a seu pai, comete algo reprovável e desonroso, ou seja, ele mostra com tal atitude que estava desejando a morte do seu progenitor. Ora, uma herança só pode ser dividida e tomada como posse, quando aquele ou aqueles que a detinham, depois de redigido um documento, o tão conhecido testamento, deixando todas as suas exigências e diretrizes por meio dele, falecem. Concordam comigo?


Temos então, o primeiro quadro: o pródigo que visa esbanjar dinheiro, poder, popularidade, "status", que não mede esforços para conseguir seu propósito, o tolo que se afasta da casa e da companhia do pai.


Passemos agora, ao caso do segundo pródigo - o filho mais velho - esse mesmo, não se espantem! Parece improvável? Ele não era o filho obediente, que fazia tudo que o pai mandava, que cumpria com suas obrigações, o filho exemplar, irrepreensível em sua conduta, em seus pensamentos? Em que ele era gastador?


Aparentemente, ele era o filho que sempre estava certo em todas as coisas que fazia e motivo de alegria para o pai, familiares, amigos e vizinhos. Entretanto, verifiquem qual é a reação dele quando o irmão mais novo retorna ao lar e tem diante de si o fato do pai não somente tê-lo aceito, mas também mandado preparar uma festa para celebrar seu retorno.


Lucas 15.25-30: "Ora, o filho mais velho estivera no campo; e, quando voltava, ao aproximar-se da casa,ouviu a música e as danças. Chamou um dos criados e perguntou-lhe que era aquilo.E ele informou: Veio teu irmão,e teu pai mandou matar o novilho cevado, porque o recuperou com saúde. Ele se indignou e não queria entrar; saindo, porém, o pai, procurava reconciliá-lo. Mas ele respondeu a seu pai: Há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito sequer para alegrar-me com os meus amigos; vindo, porém, esse teu filho, que desperdiçou os teus bens com meretrizes, tu mandastes matar para ele o novilho cevado."


Indignação, revolta, era isso o que estava em seu coração. Ele portava-se como um injustiçado diante daquela situação, começou a desfilar na frente do pai, a quem considera seu patrão, a lista dos deveres e obrigações cumpridas: "Todo esse tempo cuidei da casa, dos animais, do campo, fui bom aluno, fiz o que era bom e respeitável, nunca transgredi nenhum mandamento, e nem por isso o senhor me concedeu um cabrito como pagamento."


Vemos então, um jovem que gasta todo o seu tempo em murmurações, em reclamar, em questionar a sabedoria e a bondade do pai, e o mais triste de tudo isso, gasta seus recursos, sua força, sua juventude, sua retórica, seu serviço, esperando somente receber algo em troca, bênçãos, talvez fazer algum tipo de barganha não totalmente às escâncaras, mas que não deixa de ser sórdida com o pai - eu cumpro minhas obrigações, mas quero reconhecimento, quero poder desfrutar disso, quero minha parte, esquecendo-se que tudo que era do pai também lhe pertencia e dessa forma, ele não precisava fazer nada para obter o que já era seu por direito.


Isso nos leva a pensar que também agimos assim. Temos considerado mais o fato de que somos servos e nos esquecemos de que também somos filhos, e como tal, esquecemos dos benefícios que nos advém por esse motivo.Você não pode ser cristão com o intuito de ser reconhecido, de ser visado como alguém superior, mais correto e humano do que os outros, com a finalidade de alcançar algum tipo de promoção por isso. Lamento, mas não tem opção nesse caso.


Não tente impor qualquer tipo de troca com Deus, Ele não usa dos mesmos argumentos e métodos que nós, pobres mortais. Se você é filho de Deus, é bom que tenha em mente a memória bem vívida de que realmente é servo, pois assim como Cristo, seus discípulos deviam buscar servir e não serem servidos,mas lembre-se de que também é filho, portanto, aja como filho, viva como filho, sirva como filho.


Deus não é nosso patrão, não é alguém que possa ser comprado, influenciado, mas é nosso Pai, alguém que deseja nos ter mais perto e que venhamos a desfrutar não somente daquilo que Ele tem para oferecer, mas principalmente de quem Ele é!

E por fim, chegamos ao terceiro pródigo. Aquele pai que foi insultado pelo filho mais novo, que foi ultrajado pela desconfiança e amargura do mais velho, sai ao encontro de ambos, aceitando o primeiro de volta ao seio do lar e tentando reconciliar o segundo, mostrando-lhe seu amor, sua sabedoria, sua compreensão.


O pai que anos antes tivera a vergonha de ter um filho rebelde saindo de casa e desejando sua morte, aliado ao comentário dos vizinhos, não se importou em correr diante dos olhos de todos para abraçar o pródigo que voltava ao lar, e mais uma vez reduzindo-se, esvaziando-se, sendo humilde apesar de tudo.


O mesmo pai queria mostrar ao filho mais velho que apesar de suas dúvidas, tudo o que ele possuía era dele também, e desejava que ele entendesse isso e de igual modo, o fato de que ele amava cada um de seus filhos de uma forma única, especial.

Temos então, o pródigo em amor, aquele que não se importou em abrir mão de Sua glória, de esvaziar-se, de viver em meio a limitação humana, como homem, de andar no meio de pecadores, de ser insultado, rejeitado, morto pelos mesmos homens, e que com Sua morte, tomou nossos pecados sobre si, sofreu a nossa condenação e que com o derramar de Seu precioso sangue e o moer de seu corpo na cruz, nos dá a oportunidade de retornarmos ao lar, e nos aceita apesar de quem somos.


"Jesus é o filho pródigo do Pai pródigo que deu tudo o que o Pai lhe tinha confiado para que eu pudesse me tornar como ele e voltar com Ele para a casa do seu Pai."( Philip Yancey)
Espero que possamos cada dia mais reconhecermos tão grande amor, e que não venhamos nos esquivar de tão grande salvação! Por isso, aceite o amor do Pai, venha sem demora ao Seu encontro, não gaste sua vida, seu tempo ou qualquer outra coisa com insignificâncias, porque existe algo muito mais precioso para e com que gastar seus talentos, seus esforços - o amor de Deus!


Deus te abençoe abundantemente!

30 de out. de 2009

"Não ter tempo para Deus é viver perdendo tempo."


"Tudo tem o seu tempo determinado e há tempo para todo propósito debaixo do céu." (Eclesiastes 3.1)

O tempo... Dizem que ele tem o poder de resolver todas as coisas, entretanto, nem sempre é assim, e dependendo de como o administramos, ele se torna não a solução, mas sim um grande problema.

Não há como fugir dele. Seja como for, estará sempre presente, nos lembrando de que, independente de nossos esforços na busca de algum cosmético capaz de neutralizar seus efeitos em nossas faces, o homem ainda não encontrou o tão sonhado elixir da longa vida que impeça o envelhecimento de nosso corpo e sua consequente morte, e ainda que tentemos, em vão resgatar algumas circunstâncias do passado objetivando resolvê-las, os ponteiros do relógio prosseguirão com o martelar de seu eterno tique-taque, como forma de nos recordar o quanto temos desperdiçado nossa vida com coisas demasiadamente fúteis, ou se de maneira preciosa, temos obtido a sabedoria necessária para o gerenciarmos de modo proveitoso e salutar para nós e nossos semelhantes.

Alguém disse que não ter tempo para Deus é viver perdendo tempo. Sábias palavras! Estamos inseridos em uma sociedade cujo lema é: O tempo determina o dinheiro, o sucesso e a felicidade. Por essa razão, temos vivido dias indubitavelmente corridos, onde tudo o que se exige de nós é uma habilidade que nos leve a desempenharmos atividades que requerem cada vez mais de nossa energia, paciência, saúde, enfim, de nossa própria vida, em tempo recorde. Não obstante todo o esforço empregado nesse mister tão árduo e inútil, o dia presente não é suficiente para a conclusão dessas atividades confiadas a nós, e, assim, sobrecarregamos o amanhã com os problemas não solucionados e as dúvidas geradas pelos fracassos de hoje, em um ciclo vicioso e ininterrupto.

Desse modo, temos vivido até agora e por inúmeras razões, fingimos que vale a pena continuar agindo assim. Então pergunto: Será que você não sente um cansaço que não somente causa dores físicas e mal-estar, mas que lentamente corroe sua liberdade e alegria? Porventura, o sucesso e a condição financeira, obtidos pelo sacrifício diário de tantas coisas que nos são essenciais como indivíduos, tais como a família e os amigos, são tão importantes pra você a ponto de o fazer abandoná-los, desistir deles? E o que é pior: Verdadeiramente, há algum sentido em abrir mão de um tempo de qualidade com Deus, por quaisquer que sejam as circunstâncias ou as coisas almejadas, seja qual for o preço a ser pago, ainda que esse preço seja uma vida bem sucedida financeira, emocional e profissionalmente, porém distante de Deus eternamente?

Já parou pra pensar que gastamos tempo com coisas por vezes inúteis, mas quando se trata daquilo que é concernente a Deus e a Seus propósitos para nós, nos recusamos a dedicar um tempo, ainda que seja mínimo para ouví-lo, para conhecer Sua vontade? Você pode almejar todas as coisas, empenhar todos os recursos existentes e se esforçar ao máximo para obtê-las, porém, se não tiver por preciosa sua vida e não valorizar o único tesouro que se encontra à disposição de todos - JESUS - de nada adiantará. "Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma? (Mateus 16.26)

Sabe, "a vida centrada em Deus funciona. E ela nos resgata de uma vida que não funciona." Este mesmo Deus que transforma vidas, espera que você viva de forma diferente. Ele deseja que você O conheça e que saiba que para a liberdade foi que Cristo nos libertou, e dessa forma, você não deve e nem precisa mais se submeter a nenhum tipo de escravidão. (Gálatas 5.1) Isso inclui a escravidão gerada pelo tempo - escravidão do medo do amanhã, da velhice, da morte, das consequências produzidas pelo que semeamos hoje e que colheremos no futuro, que pode ser imediato e não somente a longo prazo como muitos pensam.

Certo dia, um amigo contou a seguinte história que ilustra bem o que foi dito acima:

"Certa vez olhando um cartaz, algo me chamou a atenção. Em um primeiro quadro, um bebê e as palavras: Cedo demais para servir a Deus. A seguir, um adolescente e todas as coisas oferecidas pelo mundo, acompanhado das seguintes palavras: Jovem demais para servir a Deus. Mais adiante, um adulto cheio de atividades, família para sustentar e os dizeres: Ocupado demais para servir a Deus. Logo depois, um homem bastante idoso e : Velho demais para servir a Deus. Por fim, um cadáver em um caixão: Tarde demais para servir a Deus."

Espero realmente que você não chegue a essa situação. O tempo continua passando. Não viva como se sua vida fosse um jogo de computador, porque ela é única, não há outra chance para viver, como muitos dizem por aí. O tempo é agora, sua vida é preciosa demais para ser desperdiçada!

"Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus."(Efésios 5.15,16)

Deus o abençoe grandemente!