"Hoje eu acordei, me sentindo só, me sentindo pó, igual a Jó."
(Não Quero Mais Acordar Assim - Fruto Sagrado)
"Alguém precisa saber que eu estou preso aqui dentro. Será que alguém aí se importa com a minha dor e sabe que eu existo? Eu não sei."
( Universo Particular - Fruto Sagrado)
Há uma linha tênue que separa os que seguem em frente e não desistem da existência, ainda que seja uma sobrevida, daqueles que entregam os pontos e desistem de viver. Mas por que muitos transpõem esta linha tão frágil?
Há momentos em que pensamos em jogar tudo pro alto: que a doença siga seu curso, o abandono, o abuso e a rejeição preencham os espaços ainda não sufocados, a escuridão da sala alcance o restante dos cômodos da casa e o silêncio seja nossa eterna canção e nosso legado para o mundo. Seja relutando, resistindo, tropeçando...
A linha tênue que faz esta distinção ainda irá perdurar por algum tempo. Mas, até quando?
Até quando nos importaremos mais com as aparências em detrimento dos sentimentos; o mundo fingido e virtualmente construído, onde tudo e todos são perfeitos, que teimamos em trazer para o mundo real, ignorando o fato de que para a cura ser efetuada é necessário que as máscaras ruam? Até quando descobriremos com angústia que não dá pra voltar atrás e agirmos de forma diferente, valorizando aqueles que fazem parte de nossos dias, expressarmos quão importantes eles são, quando a realidade da morte se faz presente com toda a violência frente aos que nos deixam ou que deixamos?
Aquieta-te coração ferido, "como um sino dobrando em outro mundo, os profetas anunciam que, não importa a aparência das coisas agora, só o bem, não o mal, tem futuro." (Philip Yancey - A Bíblia que Jesus Lia, pg. 186)
"Este não é o fim há luz pra esta casa!" Acredite!