24 de dez. de 2009

"A condição para o milagre é a dificuldade. Para um grande milagre, a impossibilidade."


Natal - afinal, o que de fato isso significa? Em um mundo onde este é apenas mais um período de lucros para o comércio e geração de empregos, onde as pessoas "satisfazem" sua necessidade de realizar atitudes de peso, digamos assim, a fim de tranquilizar a consciência que durante o ano esteve ocupada com coisas supérfluas ou egoístas demais para se preocupar com o bem-estar de seus semelhantes, o verdadeiro sentido desta palavra passa despercebido por muitos, infelizmente.

Esperamos, diversas vezes, que algo ocorra e modifique nossa forma de pensar e agir, que mude completamente nossas vidas, um verdadeiro milagre.Esquecemos-nos, porém, que o maior milagre já foi realizado a nosso favor! A Palavra de Deus nos afirma que "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele." (João 3.16,17) E é exatamente este o verdadeiro significado do Natal - o amor de Deus, derramado de forma tão maravilhosa sobre os homens, por meio de Seu Filho Jesus Cristo, o qual nos mostrou quem de fato Deus é!

Qual a probabilidade de um Deus soberano, ilimitado e santo, tornar-se limitado, tomando a forma de homem, sofrer todo tipo de sofrimento e perseguições, desde o seu nascimento até sua morte, através da qual, levou sobre si todo o nosso pecado e por esse motivo recebeu toda a ira divina sobre si , restabelecendo dessa forma, a comunhão entre nós e Deus, tornando-se a nossa ponte de acesso ao Pai, em meio ao abismo de desobediência e pecado?

"A condição para o milagre é a dificuldade; para um grande milagre, a impossibilidade." É quando realmente reconhecemos que nada podemos fazer e que precisamos depender exclusivamente do Senhor, que o milagre ocorre em nossas vidas! E isso só evidencia que nada somos, e que é o amor de Deus, que nos mantém de pé!

"Caso nossa maior necessidade fosse informação, Deus nos teria enviado um educador. Se a nossa maior necessidade fosse a tecnologia, Deus nos teria enviado um cientista, Se nossa necessidade fosse dinheiro, Deus nos teria enviado um economista. Mas, uma vez, que nossa maior necessidade era o perdão, Deus nos enviou o Salvador."

Hoje, a cruz está vazia, Cristo vivo está, e porque Ele vive, nós também vivemos! Que essa centelha de vida, cujo início foi o Natal e se concretizou com êxito no derramar do sangue precioso e na ressurreição de nosso Senhor na Páscoa, seja parte de nossas vidas, e que vivamos de modo digno para honrar o nosso tão grande Salvador - Jesus - nosso amigo, nosso Deus e Pai!

Que Deus o abençoe grandemente!


7 de dez. de 2009

A Carta de Deus para Nós

Com o passar dos anos e o avanço da tecnologia, são pouquíssimas as pessoas que utilizam cartas para se comunicar, afinal, se existe e-mail, MSN, Orkut, celular, Page e tantos outros meios de comunicação, para que então, gastar tempo com cartas?

Como a maioria das pessoas, também uso estes meios, que além de modernos, são práticos e facilitam muito a nossa vida; mas nada se compara à sensação de receber uma carta, aliás, tenho uma caixa cheinha delas. É uma alegria receber aquela correspondência há algum tempo esperada, a qual relata as novidades, recorda momentos agradáveis ou simplesmente trazem notícias de pessoas queridas, especiais, que estão distante de nós, nossos amigos e família.

É como se colocássemos toda nossa alma nas palavras que escrevemos ali, nos sentimos importantes, pelo fato de que alguém pensou em nós, disponibilizou um tempinho para compartilhar suas alegrias,vitórias, e também tristezas conosco, o que mostra que somos dignos de confiança por essa pessoa, ou simplesmente para nos dar um abraço e desejar um bom dia! Creio que esta é uma sensação comum a muitos.

Agora, imagine que se sentimos tudo isso por causa de uma carta que alguém nos enviou, como nos sentiremos em receber uma carta cujo remetente seja Deus! Já parou para pensar qual seria sua reação? Sei que talvez você deva estar dizendo:

"Isso é impossível. Deus não escreve cartas, e se escrevesse, certamente não seria para mim. É uma boa história, seria muito bom para ser verdade, mas não vivemos de história, de faz de contas, e sim da realidade."

Entretanto, isso não é um faz de contas, não é uma história criada por mim, é a mais pura verdade; o ponto triste desta história, porém, é que damos pouca ou nenhuma importância à carta que Deus nos enviou. Qual carta? Onde ela está? Ela está acessível a todos, é a própria Palavra de Deus, as Escrituras, a Bíblia Sagrada!

Somos tão importantes para Deus, Ele se importa tanto conosco que escreveu uma carta para nós. E nela, podemos encontrar tudo o que o Senhor preparou para seus filhos, podemos vislumbrar Seu plano de salvação, o qual se realizou através de Seu Filho Jesus Cristo, O qual demosntrou não somente o amor de Deus , mas principalmente, quem Ele é! Nela podemos ler as palavras de vida daquele que nos deu vida!

Entretanto, da mesma maneira que a caneta não escreve sozinha, o teclado não digita por si mesmo, antes, é necessário que alguém esteja utilizando-os e fazendo com que eles desempenhem seu papel, de nada adianta ter essa carta quando ela está fechada, esquecida ou simplesmente aberta em algum lugar como uma espécie de talismã; ela precisa ser lida, e você só saberá o seu conteúdo quando a ler.

Dessa forma, porque não dá uma olhadinha no que o Senhor com todo carinho escreveu para você?

Deus te abençoe grandemente!


21 de nov. de 2009

A Parábola e os Três Pródigos

Sem sombra de dúvidas, um dos textos mais conhecidos das Escrituras é a parábola do filho pródigo. Realmente, é um texto rico, atual e autêntico que nos traz muito mais para refletir e aplicar em nossas vidas, do que já temos ouvido sobre ele; e essa história pode ser encontrada no Evangelho de Lucas, capítulo 15, a partir do verso 11, estendendo-se até o versículo 32.

Diversas vezes, nosso campo visual torna-se tão psicoadaptado com passagens bíblicas como essa, que acabamos passando despercebidos pelas incontáveis verdades expressas nelas. E é por essa questão, que desejo compartilhar com vocês, o que pude apreender de um estudo dirigido por meu pai, usando o texto supracitado, e das reflexões que posteriormente tomaram parte em meus pensamentos.

A parábola do filho pródigo trata da questão do esbanjamento, do gasto em excesso de dois filhos inconstantes, insatisfeitos e perdidos, e a primeira coisa que nos chama a atenção é justamente o adjetivo usado para descrevê-los: pródigo - pois é exatamente isso o que a palavra significa - gastador, esbanjador, o que gasta em excesso.


Porventura, alguém pode estar se questionando: "Ora, sempre achei que essa parábola referia-se a apenas um filho pródigo, algo que até o título deixa claro." Bom, estamos acostumados com essa perspectiva, certo? A título de informação, essa parábola nos apresenta três pródigos. Surpresos? É verdade, porém, iremos por partes.


Em primeiro lugar, vamos tratar do pródigo mais conhecido - o filho mais moço, o imprudente que pediu ao seu pai a parte que lhe cabia na herança, e em seguida foi para um lugar distante, gastar da pior forma possível o seu dinheiro. Este jovem, quando faz semelhante pedido a seu pai, comete algo reprovável e desonroso, ou seja, ele mostra com tal atitude que estava desejando a morte do seu progenitor. Ora, uma herança só pode ser dividida e tomada como posse, quando aquele ou aqueles que a detinham, depois de redigido um documento, o tão conhecido testamento, deixando todas as suas exigências e diretrizes por meio dele, falecem. Concordam comigo?


Temos então, o primeiro quadro: o pródigo que visa esbanjar dinheiro, poder, popularidade, "status", que não mede esforços para conseguir seu propósito, o tolo que se afasta da casa e da companhia do pai.


Passemos agora, ao caso do segundo pródigo - o filho mais velho - esse mesmo, não se espantem! Parece improvável? Ele não era o filho obediente, que fazia tudo que o pai mandava, que cumpria com suas obrigações, o filho exemplar, irrepreensível em sua conduta, em seus pensamentos? Em que ele era gastador?


Aparentemente, ele era o filho que sempre estava certo em todas as coisas que fazia e motivo de alegria para o pai, familiares, amigos e vizinhos. Entretanto, verifiquem qual é a reação dele quando o irmão mais novo retorna ao lar e tem diante de si o fato do pai não somente tê-lo aceito, mas também mandado preparar uma festa para celebrar seu retorno.


Lucas 15.25-30: "Ora, o filho mais velho estivera no campo; e, quando voltava, ao aproximar-se da casa,ouviu a música e as danças. Chamou um dos criados e perguntou-lhe que era aquilo.E ele informou: Veio teu irmão,e teu pai mandou matar o novilho cevado, porque o recuperou com saúde. Ele se indignou e não queria entrar; saindo, porém, o pai, procurava reconciliá-lo. Mas ele respondeu a seu pai: Há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito sequer para alegrar-me com os meus amigos; vindo, porém, esse teu filho, que desperdiçou os teus bens com meretrizes, tu mandastes matar para ele o novilho cevado."


Indignação, revolta, era isso o que estava em seu coração. Ele portava-se como um injustiçado diante daquela situação, começou a desfilar na frente do pai, a quem considera seu patrão, a lista dos deveres e obrigações cumpridas: "Todo esse tempo cuidei da casa, dos animais, do campo, fui bom aluno, fiz o que era bom e respeitável, nunca transgredi nenhum mandamento, e nem por isso o senhor me concedeu um cabrito como pagamento."


Vemos então, um jovem que gasta todo o seu tempo em murmurações, em reclamar, em questionar a sabedoria e a bondade do pai, e o mais triste de tudo isso, gasta seus recursos, sua força, sua juventude, sua retórica, seu serviço, esperando somente receber algo em troca, bênçãos, talvez fazer algum tipo de barganha não totalmente às escâncaras, mas que não deixa de ser sórdida com o pai - eu cumpro minhas obrigações, mas quero reconhecimento, quero poder desfrutar disso, quero minha parte, esquecendo-se que tudo que era do pai também lhe pertencia e dessa forma, ele não precisava fazer nada para obter o que já era seu por direito.


Isso nos leva a pensar que também agimos assim. Temos considerado mais o fato de que somos servos e nos esquecemos de que também somos filhos, e como tal, esquecemos dos benefícios que nos advém por esse motivo.Você não pode ser cristão com o intuito de ser reconhecido, de ser visado como alguém superior, mais correto e humano do que os outros, com a finalidade de alcançar algum tipo de promoção por isso. Lamento, mas não tem opção nesse caso.


Não tente impor qualquer tipo de troca com Deus, Ele não usa dos mesmos argumentos e métodos que nós, pobres mortais. Se você é filho de Deus, é bom que tenha em mente a memória bem vívida de que realmente é servo, pois assim como Cristo, seus discípulos deviam buscar servir e não serem servidos,mas lembre-se de que também é filho, portanto, aja como filho, viva como filho, sirva como filho.


Deus não é nosso patrão, não é alguém que possa ser comprado, influenciado, mas é nosso Pai, alguém que deseja nos ter mais perto e que venhamos a desfrutar não somente daquilo que Ele tem para oferecer, mas principalmente de quem Ele é!

E por fim, chegamos ao terceiro pródigo. Aquele pai que foi insultado pelo filho mais novo, que foi ultrajado pela desconfiança e amargura do mais velho, sai ao encontro de ambos, aceitando o primeiro de volta ao seio do lar e tentando reconciliar o segundo, mostrando-lhe seu amor, sua sabedoria, sua compreensão.


O pai que anos antes tivera a vergonha de ter um filho rebelde saindo de casa e desejando sua morte, aliado ao comentário dos vizinhos, não se importou em correr diante dos olhos de todos para abraçar o pródigo que voltava ao lar, e mais uma vez reduzindo-se, esvaziando-se, sendo humilde apesar de tudo.


O mesmo pai queria mostrar ao filho mais velho que apesar de suas dúvidas, tudo o que ele possuía era dele também, e desejava que ele entendesse isso e de igual modo, o fato de que ele amava cada um de seus filhos de uma forma única, especial.

Temos então, o pródigo em amor, aquele que não se importou em abrir mão de Sua glória, de esvaziar-se, de viver em meio a limitação humana, como homem, de andar no meio de pecadores, de ser insultado, rejeitado, morto pelos mesmos homens, e que com Sua morte, tomou nossos pecados sobre si, sofreu a nossa condenação e que com o derramar de Seu precioso sangue e o moer de seu corpo na cruz, nos dá a oportunidade de retornarmos ao lar, e nos aceita apesar de quem somos.


"Jesus é o filho pródigo do Pai pródigo que deu tudo o que o Pai lhe tinha confiado para que eu pudesse me tornar como ele e voltar com Ele para a casa do seu Pai."( Philip Yancey)
Espero que possamos cada dia mais reconhecermos tão grande amor, e que não venhamos nos esquivar de tão grande salvação! Por isso, aceite o amor do Pai, venha sem demora ao Seu encontro, não gaste sua vida, seu tempo ou qualquer outra coisa com insignificâncias, porque existe algo muito mais precioso para e com que gastar seus talentos, seus esforços - o amor de Deus!


Deus te abençoe abundantemente!

5 de nov. de 2009

Como Águias!


Muito se tem dito sobre a maldade, violência e todo o caos que temos vivido nos últimos tempos, e sem sombra de dúvidas, a Palavra de Deus nos exorta a procedermos de forma prudente, "porque os dias são maus." (Efésios 5.16)

Somos tão acossados pelo medo, pelos preconceitos, pela rotina cotidiana, que nossa visão fica embaçada, nossas perspectivas se esvaem e o desânimo nos acomete de tal forma que ficamos prostrados diante das diversas circunstâncias que nos são impostas pela vida.

Nesses momentos, nada parece ter sentido; o que realmente sentimos, é a impotência diante da dor, do fracasso,diante da constatação de que não somos super heróis, diante do fato de que somos falhos. Ficamos observando a beleza e a sensação de liberdade transmitidas pelo altivo vôo das aves no céu, e diversas vezes pensamos: Ah! Se pudéssemos voar!

Sabemos que o modo como temos vivido tem suplantado nossa alegria, nossa paz. Tentamos fugir desse sistema malévolo que tenta nos tragar, mas nem sempre é fácil avistarmos a saída no fim do túnel.

Quando tudo parecer contrário, quando nossa visão ficar obscura no meio da tempestade e quando nossas forças forem ínfimas, creiamos na fidelidade do Senhor! Lembremos do que Deus falou por meio do profeta Isaías:

"Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de exaustos caem, mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam." (Isaías 40.30-31)

As águias são animais bastante admiráveis, não somente por sua beleza, força física ou impetuosidade, mas pela capacidade que possuem de renovação quando parece que a existência está por um fio, e apesar de toda dor e dificuldade que esse processo possa trazer, podemos vislumbrá-las mais uma vez em todo seu esplendor nas alturas.

E é justamente esse o ponto que quero enfatizar! O Senhor renova as nossas forças como a da águia, Ele restaura nossa visão, de modo que possamos olhar de forma nova, real e mais ampla aquilo que Ele tem proposto para nós, e acima de tudo, Ele sempre nos convida a andar na dimensão das águias, ou seja, mais próximos de Sua doce e inefável presença!

Uma última reflexão: Podemos de fato voar. Como diz o tão inspirado Thiago Grulha: "Com Deus eu posso voar, e o céu alcançar, voar é aprender a amar!"

Deus o abençoe grandemente!



31 de out. de 2009

"Ser cristão é tudo ou nada. Não existe meio-termo."


O mundo provou há muito tempo atrás do mover sobrenatural de Deus, que gerou uma mudança radical na vida das pessoas, as quais se viam subjugadas pelos desmandos e abusos de imperadores, em um estado caracterizado pela idolatria, imoralidade e todo tipo de depravações que se pode pensar. Creio que devem saber que estamos falando de Roma, e esse mover de Deus deu-se através da vida de Jesus Cristo. Ainda hoje, em diversos lugares ao redor do mundo, podemos observar que essas transformações permanecem acontecendo.

Difícil, porém, é constatar que nos nossos dias, esse mover tem sido negligenciado, unicamente porque temos procurado implantar tradições, "fórmulas mágicas", programações e diversas formas de chamar e atrair o mundo para a presença de Deus - e é forçoso dizer que nada disso tem adiantado, porque uma vez que a unção do Senhor e o propósito correto de adorá-lo estão ausentes, logo, não importa o que fizermos, não surtirá efeito algum.

O mundo encontra-se faminto; isso não é mais novidade. Antigamente, os homens procuravam saciar essa fome na igreja, mas o que podemos perceber agora, é que essa busca tem se tornado inútil. Por favor, sigam minha linha de pensamento: imagine que você está faminto e vai a uma padaria no intuito de comprar aquele pão fresquinho, mas, ao chegar lá, percebe que não há pão; ou melhor, existe uma dúzia de pães sim, mas têm uma aparência feia, estão duros, rançosos, velhos, como os que ficaram de um dia para outro, guardados em sua casa. O que você vai fazer? Comprá-los? Evidentemente que não; você sai da padaria decepcionado, e pior ainda, continua faminto.

Falta pão na casa do Pão! O mundo tem reconhecido que há diferença, que há algo novo na vida de verdadeiros cristãos; mas o que ocorre é que quando as pessoas vão à igreja e se deparam com as mesmas coisas mundanas, bem conhecidas por elas lá fora, viram as costas e vão embora, assim como você fez na padaria. Você pode estar se perguntando: Onde eu quero chegar?

A igreja está cheia de toda torpeza e mundanismo possível, não se admirem com o que estou dizendo; e por favor, não me entendam mal, quando digo igreja, não me refiro àquela construção que vemos em alguns pontos da cidade, não. Nós somos a Igreja, o corpo de Cristo, o templo onde o Espírito Santo de Deus habita!

Mas, existem muitos que professam o nome de Jesus Cristo, que vão aos cultos, que participam das reuniões, que são líderes, mas andam praticando as mesmas obras que o mundo pratica! Prendem-se ao fato de que fizeram uma profissão de fé, e dessa forma, diante dos homens e de Deus mostraram que assumiram o compromisso de viver para o Senhor e andar em Seus caminhos, ao fato de que não são diferentes de muitos dos que estão na igreja e coisas do gênero.

Se você sair andando por aí, batendo de porta em porta, vai descobrir que praticamente 90% das pessoas de sua cidade se dizem cristãos, mesmo não indo à igreja, mesmo não buscando crescer em santidade, mesmo rindo e aceitando as coisas que são abominação para Deus. "Ser cristão é tudo ou nada. Não existe meio-termo."

É fácil dizermos que amamos a Deus, que cremos em Deus: aliás, hoje isso virou uma espécie de modismo. "Eu conheço a Deus, eu creio em Deus!" - é o que dizem muitas pessoa, em contrapartida, suas vidas permanecem as mesmas. Isso não é mudança, pois a Palavra de Deus é bem clara: "E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as cousas antigas já passaram; eis que se fizeram novas." (2Coríntios 5.17) O diabo também crê em Deus, de tal forma que treme diante do Todo Poderoso. Resta a pergunta: E o que temos feito diante dEle, caímos prostrados ao chão ante a Sua presença, temos mostrado reverência e temor?

Examine-se a si mesmo, como diz as Escrituras. Não se compare àqueles que se comparam com os que se dizem cristãos. Só você e Deus, seja sincero! E mais importante, você diz que conhece a Deus, mas fica a questão: E Deus, Ele te conhece? Isso é o que realmente importa!

O problema é que como disse John MacArthur: "O evangelho em voga hoje apresenta uma falsa esperança aos pecadores. Promete que podem ter a vida eterna e ainda assim continuar vivendo em rebelião contra Deus. Na realidade, encoraja as pessoas a declarar Jesus como Salvador, mas adiar o compromisso de obedecer-lhe como Senhor. Promete salvação do inferno, mas não necessariamente libertação da iniqüidade. Oferece falsa salvação às pessoas que se deleitam nos pecados da carne e desdenham o caminho da santidade. Ao separar a fé da fidelidade, esse evangelho ensina que a aquiescência intelectual é tão válida quanto uma obediência sincera à verdade."

É fácil passar pela porta estreita. Mas poucos são os que permanecem no caminho estreito. Jesus disse: "Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela." (Mateus 7.13-14) Jesus não morreu em vão, não morreu para que você tivesse uma vida dupla; profissão de fé, andar com a Bíblia, não é garantia de salvação, se sua vida não condiz com o que você professa viver. A salvação não é obtida por méritos humanos, nem por uma "fórmula mágica" qualquer, mas pela fé, e fé em Jesus Cristo!

Não vou ficar aqui tentando convencer sua consciência, de que verdadeiramente o mundo não tem nada a oferecer, e de que o inferno é real - apesar de muitos dizerem que o inferno é aqui mesmo - a realidade do inferno é inimaginável pior, e que Deus enviou Seu Filho - Jesus Cristo - para te libertar desse caminho tenebroso, por que querendo ou não, você sabe que é verdade.

Sei que talvez ao ler essas palavras, você não mais visite esse blog, venha me chamar de maluca ou fanática, mas a minha preocupação não é essa. Mesmo não sabendo quem você é, eu me importo de tal forma com você a ponto de dizer coisas que muitos têm negligenciado, e o que posso fazer é simplesmente pedir que Deus abra sua mente e coração a fim de que venha desfrutar da vida que Ele tem para oferecer!

O mundo ainda hoje necessita viver uma mudança radical em todos os âmbitos, mas isso só será possível se a igreja, o corpo de Cristo, buscar a santidade, consagração e andar nos passos de Jesus. Enquanto professamos o nome de Cristo, mas vivemos uma mentira, existem cristãos verdadeiros, crianças, idosos, mulheres e homens, que longe dos seus, em lugares hostis, são torturados, expulsos da convivência das outras pessoas, privados de alimentos e de tantas coisas que lhes são necessárias, e mais gritante ainda, estão sendo mortos simplesmente porque preferem a morte do que negar a Jesus, do que preservar suas vidas físicas e viverem para si mesmos, do que errarem o alvo e retornarem para o lamaçal de pecado e trevas em que se encontravam antes. Uma última reflexão: O que faria Jesus em seus passos?

Que possamos, em nome de Jesus, andar nos passos desses irmãos, nos passos de Cristo, e que não venhamos viver uma farsa, mas que possamos andar em novidade de vida, para louvor e glória daquele que nos amou incondicionalmente, a ponto de dar Sua própria vida por nós, quando ainda éramos inimigos de Deus! É chegada a hora de sairmos das trevas e andarmos na Luz!



Deus Reinando em Mim!

O que faz de alguém rei? O que determina sua autoridade e domínio? A forma como foi coroado, a maneira com que se porta com seus súditos, o respeito, amor, ódio ou temor que suscita, se descende de linhagem real ou não, se possui riquezas incontáveis ou grandes possessões?

Evidentemente, todos estes fatores contribuem para identificar um soberano e determinar um reino; entretanto, não são condicionantes indispensáveis a esse mister; não necessariamente esses quesitos qualificam um indivíduo para ser um soberano, e não é exagero afirmar que, não são apenas seres humanos que partilham desse "status" nas sociedades, bem como no coração do homem.

Parece complicado? Tornemos então simples. Temos inúmeros exemplos. Em um mundo cada vez mais consumista, onde impera o dinheiro, a satisfação sexual, que não é mais uma necessidade do ser humano, mas tornou-se algo banal e extremamente vulgar, indo contra o propósito de Deus para a formação e manutenção da família, a paranóia por um corpo perfeito, de uma magreza exacerbada, para citar apenas alguns, são claros indícios do que hoje, ocupa o lugar de soberania em nossas vidas. O próprio Jesus disse que este mundo tem um príncipe, que em tudo é contrário a Deus e a seus princípios. (João 14.30)

Quem ou o quê reina em sua vida, e o que você é capaz de fazer para serví-lo? Muitos já chegaram ao extremo de matar, aniquilar a própria existência e sacrificar todas as promessas de Deus pra suas vidas. Não adianta colocar no lugar certo o que está errado; da mesma maneira que avaliamos nossas premissas e buscamos colocar em pauta o que mais importa, assim devemos reconsiderar a primazia de Deus no trono do nosso viver.

"Ninguém pode servir a dois senhores; porque há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas", são palavras de Jesus encontradas em Mateus capítulo seis, verso vinte e quatro; fica claro então, que devemos decidir a quem vamos dar prioridade no nosso coração, e da mesma forma que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço, assim também é na nossa mente, no nosso viver.

Por outro lado, não adianta professarmos com nossos lábios que servimos a Deus e que Ele reina sobre nós, se não o honramos com nossas ações e pensamentos, com nosso procedimento com as pessoas, enfim, se nosso interior estiver corrompido, se vivemos apenas para satisfazer a nossas vontades doentias, se não fazemos nada para expandir o reino de Deus, isso mostra que Ele não está ocupando o lugar que lhe é devido.

Dizer que Cristo é rei apenas quando estamos em um momento de comunhão com Ele, quando estamos reunidos com outros que professam da mesma fé é muito fácil. Não basta levantarmos as mãos em um momento de adoração, nem sair à rua com uma Bíblia, ir à igreja toda semana, ou outras coisas do gênero que foram já bastante banalizadas.

Se fizermos tudo isso, mas o nosso coração continuar negligenciando a autoridade de Deus, cedendo o seu trono a outros impostores, se continuarmos a agir da mesma maneira rebelde, mostrando as nossas máscaras de super espirituais, de pessoas de bem, aos domingos na igreja, ou durante o resto da semana em nosso ambiente de trabalho, estudo ou diversão, quando não condiz com o que temos vivido, mostra apenas que Deus não reina sobre nós, não da maneira que deveria.

É necessário fazê-lo reinar todos os dias em nossas vidas, de forma que isso se torne visível no nosso falar, agir, na nossa responsabilidade com nossos compromissos, na fidelidade com que honramos nossos cônjugues, nossos filhos, nossa compaixão com aqueles que necessitam de nossa ajuda, no respeito com todas as coisas criadas pelo nosso Senhor, e acima de tudo, na reverência, amor, obediência para com Deus, só então a adoração que prestamos nos cultos públicos, será a extensão do nosso culto particular que se resume em nossa própria vida, não mais vestiremos a roupa do publicano contrito, enquanto nosso interior é o do fariseu orgulhoso, mas esse quadro será revertido e o mundo poderá ver, através de nossas atitudes, o viver de Cristo.

Reina sobre nós Deus! Seja o único a ocupar o lugar que é Teu por direito e ajuda-nos a sermos habitações dignas do teu Espírito!

Deus o abençoe grandemente!




30 de out. de 2009

"Eu, porém, olharei para o Senhor e esperarei no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá." (Miquéias 7.7)

Esperar... Indubitavelmente, essa é uma palavra conhecida e vivenciada diariamente por todos nós, em um tempo em que a espera significa atraso, perda de tempo, miséria; nada menos do que o caos. Esperar é um verbo que nem sempre é apreciado, principalmente se você tem um horário marcado, e esse esperar deriva-se da palavra esperança. Isso me leva a perguntar: Em que, ou melhor, em quem está baseada a sua esperança?

Quantos esperam o nascimento dos filhos, a cura de uma enfermidade; quantos jovens esperam passar em um vestibular ou concurso, ter sucesso profissional ou encontrar a pessoa "perfeita" a fim de formar uma família igualmente "perfeita".Quantas crianças esperam pela adoção nos orfanatos; quantos esperam pelo retorno dos que foram para a guerra, do cônjugue que saiu do lar, dos que se encontram em uma prisão ou cativos dentro de si mesmos, prisioneiros de seus medos e culpa. Quantos há que esperam o fim da crise financeira, da roubalheira, corrupção e do descaso com o sofrimento dos cidadãos, que anseiam pela melhora e transformação do nosso país.

Esperar por esperar, depositando a nossa confiança e esperança em objetos, tradições ou mesmo em homens como nós, imperfeitos, e por isso mesmo passíveis de erro, é desafiar a inteligência que nos foi concedida pelo próprio Deus. Esperar demanda disposição, disciplina, fé, dependência de Deus, humildade e quebrantamento. Embora seja um período difícil, regado por lágrimas, angústia e ansiedade, é também um momento de aprender que se a nossa atitude for a de colocar a nossa confiança no Deus soberano e bom, os resultados falarão por si mesmos.

Exemplos não faltam. Quanto tempo José esperou na prisão; Daniel esperou pacientemente na cova dos leões. Israel esperou cativo no Egito por quatrocentos e trinta anos, e no deserto, quarenta. Abraão esperou cem anos pelo filho da promessa - Isaque; Jesus esperou até o último instante de sua vida, de forma voluntária e deliberadamente, para consumar a obra que veio cumprir, a saber, salvar os pecadores, levando sobre si os pecados que nos separavam de Deus. E ainda hoje Deus espera por você.

O resultado de tudo isso? Deus assistiu a cada um deles nos seus momentos de dúvidas e medo, honrando-os com Sua presença, imprimindo em seus corações a convicção de que o Senhor jamais os abandonaria e suprindo as necessidades particulares de cada um. Quero desafiar você a voltar seus olhos para o Senhor, a colocar-se em Sua presença, e a olhar pela perspectiva dEle nos momentos em que for necessário esperar, tendo a certeza de que não importa o quanto tudo pareça estar estagnado, o quanto o problema pareça insolúvel ou os gigantes do medo e da dúvida tentem nos paralisar, porque o Senhor está assentado no trono, reinando soberanamente sobre tudo, e quando digo tudo é absolutamente tudo.

Espere, pois, com esperança em Deus; não o esperar vazio, sem perspectiva, mas como quem sabe que todas as coisas serão realizadas da melhor forma nas mãos de Deus.

Esquisitos, sim. Mas Deus nos ama mesmo assim.



Seres complexos, inconstantes, demasiadamente desobedientes... Seres humanos! Esquisitos... Essa seria uma das definições mais apropriadas atribuída ao homem.

Bastante comum, porém, injustificável, é o fato de que apesar de nossas próprias limitações e defeitos, nos sentimos superiores quando nos comparamos com nossos semelhantes.

Não é difícil constatar esse fato. Basta observarmos mais atenciosamente como nos portamos com os menos favorecidos, aqueles que possuem algum vício ou distúrbio, seja ele de caráter físico ou psíquico, com os portadores de algum tipo de deficiência , entre outros(não nos enganemos - a lista é grande o bastante para ser tratada com tanta indiferença).

Em seu livro Maravilhosa Graça, o autor Philip Yancey trata com bastante delicadeza e propriedade o que estou discorrendo agora. "Com que rapidez nós acusamos os outros de homicidas e passamos por cima de nossa própria ira, ou de adúlteros e ignoramos nossa própria luxúria. A graça - neste caso referente à graça de Deus(ênfase minha)- morre quando ela nos coloca uns contra os outros."

É forçoso relembrar, que não somos nada, absolutamente. Apesar de nossas habilidades e talentos, bens, e nossos esforços na tentativa de sermos melhores, nossas intenções continuam medíocres e pecaminosas; vemos isso claramente em Romanos 3. Os versos 10 e 11 nos dizem que "não há justo, nem um sequer, não há quem busque a Deus." Mais adiante, no verso 23, encontramos o fato de que "todos pecaram e carecem da glória de Deus."

O profeta Isaías também nos relata que as nossas vestes de justiça, ou seja, nossas atitudes, por mais virtuosas que sejam, diante de quem Deus é e da Sua justiça, são como um trapo imundo. Então, que razão encontramos em agir dessa forma?

Nenhuma; é só nosso ego tentando mostrar que tem ou que deseja o domínio de nossas vidas, a fim de se nutrir, crescer e tornar-se um gigante que irá destruir-nos com suas exigências malévolas.

Incrível, entretanto, é saber que, conforme escrito em João 3.16: "Deus amou o mundo de tal maneira, que deu seu único filho - Jesus - para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna." Por isso, nas palavras de Philip, "sejam quais forem as barreiras que tivermos de transpor ao tratar com pessoas "diferentes", elas não se podem comparar com o que um Deus santo - que habitava no Santíssimo Lugar, e cuja presença expelia violentamente fogo e fumaça do topo da montanha, provocando a morte de qualquer pessoa impura que se aproximasse - teve de vencer quando desceu para se juntar a nós sobre o planeta Terra."

Só de imaginar, sinto-me grata pelo fato de que Deus consentiu em habitar com pessoas tão pecadoras e esquisitas como nós, e melhor do que isso, Ele nos ama assim mesmo. Deus o ama! Não importa se você é desprezado por sua condição financeira, etnia, faixa etária, ou por ter uma aparência não tão apresentável assim, conforme o modelo imposto em nossos dias.

Jesus escolheu abrir mão da companhia de Seu Pai, santo e perfeito, para alcançar sua vida, e em especial, Ele pode habitar em seu coração, se você assim permitir. Sua vida é tão preciosa, que Ele pagou resgate por ela. Lembre-se sempre disso.

Meu desejo é que você possa tomar consciência desse tão grande amor do Pai pela sua vida. Reflita apenas em mais uma coisa:

"Jesus tinha o poder de amar prostitutas, valentões e rufiões... Ele foi capaz disso apenas porque via através da sujeira e da crosta da degeneração; seus olhos captavam a origem divina que está oculta por toda parte - em cada homem!... Primeiro, e principalmente, Ele nos dá novos olhos... Quando Jesus amava uma pessoa qualquer carregada de culpa e a ajudava, via nela um filho de Deus desviado. Via um ser humano a quem seu Pai amava e por quem se entristecia por ele andar em caminhos errados. Ele o via como Deus o planejara originalmente e queria que ele fosse, e, portanto, olhava, por baixo da camada superficial da sujeira e da imundície, para o verdadeiro homem. Jesus não identificava a pessoa com o seu pecado, antes via nesse pecado alguma coisa estranha, alguma coisa que realmente não fazia parte da pessoa, alguma coisa que simplesmente acorrentava e a dominava e da qual Ele a libertaria e a traria de volta para o seu verdadeiro eu. Jesus foi capaz de amar os homens, porque Ele os amava da maneira certa através da camada de lama." (Helmut Thielicke)

"Não ter tempo para Deus é viver perdendo tempo."


"Tudo tem o seu tempo determinado e há tempo para todo propósito debaixo do céu." (Eclesiastes 3.1)

O tempo... Dizem que ele tem o poder de resolver todas as coisas, entretanto, nem sempre é assim, e dependendo de como o administramos, ele se torna não a solução, mas sim um grande problema.

Não há como fugir dele. Seja como for, estará sempre presente, nos lembrando de que, independente de nossos esforços na busca de algum cosmético capaz de neutralizar seus efeitos em nossas faces, o homem ainda não encontrou o tão sonhado elixir da longa vida que impeça o envelhecimento de nosso corpo e sua consequente morte, e ainda que tentemos, em vão resgatar algumas circunstâncias do passado objetivando resolvê-las, os ponteiros do relógio prosseguirão com o martelar de seu eterno tique-taque, como forma de nos recordar o quanto temos desperdiçado nossa vida com coisas demasiadamente fúteis, ou se de maneira preciosa, temos obtido a sabedoria necessária para o gerenciarmos de modo proveitoso e salutar para nós e nossos semelhantes.

Alguém disse que não ter tempo para Deus é viver perdendo tempo. Sábias palavras! Estamos inseridos em uma sociedade cujo lema é: O tempo determina o dinheiro, o sucesso e a felicidade. Por essa razão, temos vivido dias indubitavelmente corridos, onde tudo o que se exige de nós é uma habilidade que nos leve a desempenharmos atividades que requerem cada vez mais de nossa energia, paciência, saúde, enfim, de nossa própria vida, em tempo recorde. Não obstante todo o esforço empregado nesse mister tão árduo e inútil, o dia presente não é suficiente para a conclusão dessas atividades confiadas a nós, e, assim, sobrecarregamos o amanhã com os problemas não solucionados e as dúvidas geradas pelos fracassos de hoje, em um ciclo vicioso e ininterrupto.

Desse modo, temos vivido até agora e por inúmeras razões, fingimos que vale a pena continuar agindo assim. Então pergunto: Será que você não sente um cansaço que não somente causa dores físicas e mal-estar, mas que lentamente corroe sua liberdade e alegria? Porventura, o sucesso e a condição financeira, obtidos pelo sacrifício diário de tantas coisas que nos são essenciais como indivíduos, tais como a família e os amigos, são tão importantes pra você a ponto de o fazer abandoná-los, desistir deles? E o que é pior: Verdadeiramente, há algum sentido em abrir mão de um tempo de qualidade com Deus, por quaisquer que sejam as circunstâncias ou as coisas almejadas, seja qual for o preço a ser pago, ainda que esse preço seja uma vida bem sucedida financeira, emocional e profissionalmente, porém distante de Deus eternamente?

Já parou pra pensar que gastamos tempo com coisas por vezes inúteis, mas quando se trata daquilo que é concernente a Deus e a Seus propósitos para nós, nos recusamos a dedicar um tempo, ainda que seja mínimo para ouví-lo, para conhecer Sua vontade? Você pode almejar todas as coisas, empenhar todos os recursos existentes e se esforçar ao máximo para obtê-las, porém, se não tiver por preciosa sua vida e não valorizar o único tesouro que se encontra à disposição de todos - JESUS - de nada adiantará. "Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma? (Mateus 16.26)

Sabe, "a vida centrada em Deus funciona. E ela nos resgata de uma vida que não funciona." Este mesmo Deus que transforma vidas, espera que você viva de forma diferente. Ele deseja que você O conheça e que saiba que para a liberdade foi que Cristo nos libertou, e dessa forma, você não deve e nem precisa mais se submeter a nenhum tipo de escravidão. (Gálatas 5.1) Isso inclui a escravidão gerada pelo tempo - escravidão do medo do amanhã, da velhice, da morte, das consequências produzidas pelo que semeamos hoje e que colheremos no futuro, que pode ser imediato e não somente a longo prazo como muitos pensam.

Certo dia, um amigo contou a seguinte história que ilustra bem o que foi dito acima:

"Certa vez olhando um cartaz, algo me chamou a atenção. Em um primeiro quadro, um bebê e as palavras: Cedo demais para servir a Deus. A seguir, um adolescente e todas as coisas oferecidas pelo mundo, acompanhado das seguintes palavras: Jovem demais para servir a Deus. Mais adiante, um adulto cheio de atividades, família para sustentar e os dizeres: Ocupado demais para servir a Deus. Logo depois, um homem bastante idoso e : Velho demais para servir a Deus. Por fim, um cadáver em um caixão: Tarde demais para servir a Deus."

Espero realmente que você não chegue a essa situação. O tempo continua passando. Não viva como se sua vida fosse um jogo de computador, porque ela é única, não há outra chance para viver, como muitos dizem por aí. O tempo é agora, sua vida é preciosa demais para ser desperdiçada!

"Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus."(Efésios 5.15,16)

Deus o abençoe grandemente!





Não Matarás (Êxodo 20.13)

Não há nada mais desumano, criminoso e desprezível do que o aborto. Entretanto, a notícia decorrente no Brasil, bem como no mundo, é a mortandade desenfreada de milhares de vidas, como se fossem fúteis objetos descartados no lixo.

Essa ação tão vil e ignóbil está inserida na categoria de crime hediondo que se caracteriza basicamente por três aspectos: requinte de crueldade, motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima. Diante dessa afirmação, poderíamos levantar a questão: O que levaria uma pessoa em sã consciência a praticar tamanho desatino?

Seria a leviandade de não realizar um planejamento familiar tendo em vista a situção político-econômica vigente no país? A visão equivocada da ciência ao constatar que não existe vida anterior ao desenvolvimento cerebral e consequentemente do pensamento e sentimento?

A remota possibilidade do desconhecimento da educação sexual na adolescência, mesmo em um mundo bombardeado de informações, ou seria pela irresponsabilidade e por que não dizer, falta de caráter de jovens e adultos que ao acreditarem piamente na detenção do poder de decisão, eliminam a todo custo seres inocentes, outrora fonte de fruição e alegria, mas que agora se tornam verdadeiros estorvos difíceis de suportar? Muitos afirmam que é um direito assegurado por lei da vítima bruscamente violada em seu físico e psicológico, que ao se defrontar com uma gravidez indesejada, fruto de um ato repulsivo, deseja se libertar da memória de tão terrível acontecimento.

Ao deparar-nos com todos estes quesitos, já podemos vislumbrar um sonoro não, que ecoa como gritos lacerantes de pavor pelas ruas praças de nosso bom senso, a nos alertar contra hodienda situação. A vida é um dom extremamente superior à realidade humana. O homem não pode sequer prescindir de seu destino no próximo minuto, dessa forma, não tem ele direito algum de decidir a respeito de um nascimento, cuja existência foge às regras de seu controle. "Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa."(Tiago 4.14)

Não há governo, nem ciência, não existe lei que possa explicar tenebroso ato. O aborto é sim uma problemática que engloba a participação de autoridades políticas, policiais, religiosas e científicas, não apenas na tentativa de acabar com esse crime, mas acima de tudo, de buscar eliminar e extirpar o cancro social, abuso inveterado que entrou em nossos costumes, árvore venenosa que foi plantada no Brasil e no mundo pela falta de zelo e amor pela vida, como Joaquim Manuel de Macedo nos disse a respeito da escravidão, mas que agora se estende até nossos dias, procurando a libertação dessa escravidão pior que outrora e na criação de um mundo mais justo e responsável.

Vemos claramente diante de tudo isso, que há um desrespeito latente não somente à santidade da vida, mas sobretudo a Deus, o criador e detentor da vida. Em todo o Antigo Testamento, encontramos uma série de relatos de mulheres estéreis que ansiavam por um filho, sendo esse o pedido constante em suas orações, tais como: Sara(Gênesis 17.15-21 e 21.1-3), Rebeca(Gênesis 25.19-26), Raquel(Gênesis 29.31 e 30.1-2,22-25) e Ana(1Samuel todo o capítulo 1 e 2.1-11). O simples fato de não poder ter filhos era uma espécie de maldição, uma vez que a descendência do marido não seria perpetuada. Crianças eram presentes de Deus para a família que se constituía: "Herança do Senhor são os filhos, o fruto do ventre seu galardão."(Salmos 127.3)

Realmente espero que o Espírito Santo, que nos conduz a uma vida reta e agradável a Deus e que nos convence do pecado, da justiça e do juízo (João 16.8), ilumine e retire das trevas a mente daqueles que apóiam e são a favor dessa abominação. E quero dizer a você, adulto, mas principalmente a você jovem, que talvez esteja enfrentando uma gravidez indesejada, forçada ou não planejada, seja por qualquer situação, ou que já fez um aborto, que essa não é a melhor decisão e nem a única solução e que há perdão sim pra você.

Sei que não é fácil, apesar de graças a Deus nunca ter passado por semelhante situação, mas o convido a depositar o seu problema nas mãos Daquele que tudo pode resolver - JESUS - e tenha certeza que Ele tem a resposta certa pra você. Creia nisso! E lembre-se de duas coisas:

"Alegra-te jovem, na tua juventude, e recrei-se o teu coração nos dias da tua mocidade; anda pelos caminhos que satisfazem o teu coração e agradam aos teus olhos; sabe, porém, que de todas estas cousas Deus te pedirá contas." (Eclesiastes 11.9)
"Lembra-te do teu criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer." (Eclesiastes 12.1)

E:

"De tudo o que se tem ouvido, a suma é: teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem. Por que Deus há de trazer a juízo todas as obras; até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más." (Eclesiastes 12.13-14)

Deus o abençoe!




Isto não é para Mim.


Quando Deus olha para o centro do universo, Ele não vê você. Quando as mãos celestiais dirigem os holofotes em direção à estrela do espetáculo, eu não preciso de óculos de sol. Nenhuma luz recai sobre mim.

Órbitas inferiores, assim somos nós. Apreciados. Valorizados. Amados carinhosamente. Mas... centrais? Essenciais? Fundamentais? Na-na-ni-na-não. Desculpa. Contrariando o Ptolomeu que há dentro de nós, o mundo não gira ao nosso redor.

A prioridade de Deus não é o nosso conforto. Se for, algo está errado. Se somos o evento-chave, como explicaremos desafios como a morte, as doenças, as economias destruídas ou os terremotos barulhentos? Se Deus existe para nos agradar, então não deveríamos estar sempre felizes?

Será que uma mudança no estilo de Copérnico estaria certa? Talvez o nosso lugar não seja no centro do Universo. Deus não existe para nos transformar em grande coisa. Nós existimos para que Ele seja grandioso. Isto não é para você. Não é para mim. É tudo para Ele.

LUCADO,MAX. Isto não é para mim. Tradução: Maurício Zágari. Rio de Janeiro: Editora CPAD, 2004, p. 5 e 6.

E acrescento eu às palavras de Max, pois diz a Palavra da Verdade:

" Todas as cousas foram feitas por intermédio dEle, e, sem Ele (Jesus), nada do que foi feito se fez." (João 1.3)

e ainda...

"Porque dEle, e por meio dEle, e para Ele são todas as cousas. A Ele, pois, a glória eternamente. Amém." (Romanos 11.36)

Que Deus, pois vos abençoe e ilumine em Cristo Jesus por meio do seu Santo Espírito.

Abraços.